Publicado em 29/01/2014 às 14:57:18
Com os textos de "Amor à Vida" finalizados após 221 capítulos e praticamente um ano de dedicação, Walcyr Carrasco agora se tornou apenas um telespectador de sua própria história.
O autor, que deverá tirar um ano de férias antes de ingressar em um novo trabalho (fala-se em uma novela às 18h, faixa a qual se consagrou com "Alma Gêmea", "Chocolate com Pimenta", "A Padroeira" e "O Cravo e a Rosa"), conversou recentemente com a equipe da jornalista Patrícia Kogut. Ele fez um balanço de toda a novela.
Walcyr começou a conversa comentando o casamento de Paloma (Paolla Oliveira) e Bruno (Malvino Salvador). No entanto, o roteirista lamenta por ter cortado algumas falas por questões de tempo: "Eu queria ter escrito falas maiores para os atores, mas infelizmente não há como dar esse espaço para cada um. O texto inicialmente tinha 15 páginas, mas tive que ir cortando e cortando...".
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Analisando a novela como um todo, o autor comemora a variedade de temas abordados, embora reconheça que não tenha ido a fundo em nenhum deles pelo fato do horário e do próprio formato que a trama impõe. "Tratei de violência contra a mulher, de transplante de órgãos, de barriga solidária, de muitos assuntos sérios e importantes. Acho que consegui tocar o coração do público, mas não há como ir fundo, é uma novela e o horário também impõe restrições. Por exemplo, o autismo é um tema amplo, um guarda-chuva. Peguei um caminho que escolhi, o da esperança", discorreu.
Já sobre o elenco, Walcyr Carrasco não poupou elogios, mas fez destaques a Mateus Solano, intérprete do Félix, e a Thiago Fragoso, o Niko.
"Foi um prazer trabalhar para ele. Se o Mateus falou três cacos a novela inteira foi muito. Ele respeitou o texto. E fez bem demais o papel. O grande ator da televisão brasileira naquela faixa etária é ele", garantiu.
O novelista ainda foi mais longe e disse que a atuação de Mateus Solano o ajudou no desenvolvimento do personagem: "Imaginei inicialmente que 'salguei a santa ceia' seria 'o' bordão do personagem. Mas depois vi que ficou cansativo e passei a inventar outras frases".
Já quanto ao Niko, Walcyr cita o bom entrosamento que Thiago Fragoso e Mateus Solano tiveram em cena, o que contribuiu para que o chef e o ex-vilão terminassem juntos. Ele também destacou o sucesso de Márcia, personagem de Elizabeth Savala.
"Sou um sujeito que acredito na redenção. Quando senti que o público estava amando e perdoando o Félix, aproximei o personagem daquele que foi bom desde o primeiro capítulo, Niko. O mau e o bom resultaram numa química inesperada! Aliás, esse também foi um destaque da novela. O público comprou a 'gravidez' do Niko. Acho que o Niko foi a heroína dessa novela. Quando percebi isso, liguei por Thiago para comentar", sentenciou.
Por fim, quanto à reconciliação de Félix com seu pai César (Antonio Fagundes), Walcyr considera algo "comum". Ele citou exemplos de familiares que, mesmo após brigas, terminaram um cuidando do outro.
O autor de "Amor à Vida" também não deixou de lembrar que inicialmente César morreria por volta do capítulo 80 e que a melhor decisão foi tê-lo mantido vivo: "Teria sido ruim. Ele é um grande ator, assim como a Elizabeth Savala, que é uma estrela e explodiu".
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