Avancini promete imagem de cinema e dinâmica de seriado em "Pecado Mortal"

Alexandre Avancini é o diretor-geral de "Pecado Mortal" - Divulgação/Record
Por Redação NT

Publicado em 09/08/2013 às 14:22:20

Diretor-geral da próxima novela da Record, "Pecado Mortal", Alexandre Avancini está bastante entusiasmado com o seu novo trabalho.

Avancini, que teve pouquíssimo tempo de descanso entre "José do Egito" e a trama de Carlos Lombardi, conversou recentemente com o site da emissora paulista e falou sobre a história e os bastidores deste novo projeto.

"Pecado Mortal" terá como pano de fundo o aumento das favelas, do uso de drogas e da disputa de poder entre traficantes e bicheiros no Rio de Janeiro. A história é ambientada nos anos 70, o que torna o trabalho da produção muito mais complexo e com exigências maiores.

Alexandre Avancini é um dos mais empolgados com "Pecado Mortal": "É um prazer dirigir uma novela escrita pelo Lombardi. Ele é um dos melhores dramaturgos do país! Seu texto é único e tem dinâmica de seriado americano. A história acontece rápido e os personagens são muito ativos, fazem muitas coisas".

O diretor ainda contou algumas curiosidades relacionadas à técnica, como o processo que definiu o uso das câmeras Arri Alexa em todo o folhetim. Os equipamentos são usados em filmes e seriados de Hollywood e mais recentemente em "José do Egito": "Fizemos José com estas mesmas câmeras e tinha ficado combinado que em Pecado Mortal nós usaríamos apenas na parte que se passa em 1941... Acontece que ficamos tão empolgados com o resultado que decidimos fazer a novela toda com as câmeras".

Para Avancini, as Arri Alexa trazem grandes benefícios na fotografia, textura e imagem. "É um tipo de imagem de altíssima definição, e isso ajuda muito no fato de que temos uma novela solar, pra cima. As imagens ficam boas mais rápido usando esse equipamento, o que ajuda na qualidade. É um projeto de época: diferente, colorido e vibrante", concluiu.

Apesar da grande tecnologia de "Pecado Mortal", ainda há grandes dificuldades que estão sendo atravessadas pela equipe de produção. A maior delas é a ambientação da história nos anos 70. "Infelizmente o Brasil é um país com pouca memória. As locações mudaram muito daquela época para cá! É muito difícil encontrar roupas, carros e eletrodomésticos para fazer a reconstituição", explicou Avancini.

Alexandre Avancini:

Alexandre Avancini é filho de Walter Avancini, diretor que faleceu em 2001 e foi responsável por novelas de grande sucesso na Globo e na Manchete. A última novela que completou foi "O Cravo e a Rosa", que começou a ser reprisada nesta semana na Globo. Ele chegou a implantar "A Padroeira" porém, um mês e meio após a estreia, se afastou por problemas de saúde e veio a falecer no mesmo ano.

A carreira de Alexandre Avancini cresceu de forma bastante acelerada. Com apenas 30 anos de idade, já estava assumindo sua primeira direção-geral de uma novela da Globo, "Quatro por Quatro". O folhetim também marcou o início de sua parceria com Carlos Lombardi.

Ele também fez outros grandes e importantes trabalhos na Globo, como "Por Amor", "Presença de Anita", "O Quinto dos Infernos", "Uga Uga" e "Kubanacan".

Em 2005, decidiu aceitar a proposta da Record para implantar o núcleo de dramaturgia do canal no Rio de Janeiro. Na nova casa teve o autor Tiago Santiago como um de seus principais parceiros e dirigiu "Prova de Amor" e a trilogia de "Os Mutantes". Também fez a premiada "Vidas Opostas", a série "A Lei e o Crime", "Vidas em Jogo" e a ainda no ar "José do Egito".

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