Piratas do Caribe - A Vingança de Salazar

"Piratas do Caribe" com cenas hilárias, sequências eletrizantes e retorno de personagens

Crítica aborda novo longa

Divulgação
Por Taty Bruzzi

Publicado em 31/05/2017 às 13:12:49

Com menos de uma semana de estreia, “Piratas do Caribe – A Vingança de Salazar” já bate recorde de bilheteria, totalizando mais de 1 milhão de ingressos vendidos no Brasil.

Levando em conta que o filme ocupa apenas 655 cinemas em todo país, o número é muito bom. Com o resultado, o longa lidera disparado o ranking. Mundialmente, o quinto filme da franquia também se saiu muito bem.

Em seu primeiro fim de semana de exibição, a produção chegou à marca de US$ 62,6 milhões nos Estados Unidos, US$ 67,8 milhões na China e US$18,6 milhões na Rússia. Este último, considerado o melhor lançamento de todos os tempos no país.

O resultado serve para comprovar que ainda vale muito à pena investir nas aventuras protagonizadas pelo Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp), iniciada em 2003 e que a cada filme se renova.

No atual longa não é diferente! Enquanto o personagem demonstra estar cada vez mais à vontade, o ator mostra total domínio e maturidade em cena ao interpretar um pirata que foge completamente dos padrões.

E não é só Johnny Depp que parece se renovar a cada trama, a própria saga consegue se repaginar, calando a boca daqueles espectadores mais pessimistas enquanto que os otimistas ficam de boca aberta.

Em “Piratas do Caribe – A Vingança de Salazar”, a impressão que dá é a de que os Studios Disney apostaram todas as suas fichas nesta nova aventura e acertaram ao colocar na tela um filme dinâmico e que mexe com os sentimentos humanos.

Jack Sparrow está mais bêbado, atrapalhado e engraçado do que nunca. Com poucos minutos de exibição, o personagem surge em uma sequência de tirar o fôlego e muitas gargalhadas da plateia.

A trama conta, ainda, com o retorno de personagens cativos como Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swan (Keira Knightley), que vinham desde o primeiro filme da franquia, mas ficaram de fora da quarta aventura.

Geoffrey Rush surge mais uma vez como Hector Barbossa, inimigo antigo de Sparrow e peça fundamental nesta nova trama que conta, ainda, com os novatos Brenton Thwaites (Henrry) e Caya Scodelary (Carina Smith), além da participação curta, porém impagável, do ex-Beatle Paul McCartney.

Javier Bardem se consagra como grande vilão

Se até aqui, os vilões da franquia tinham sempre algo de engraçado, eram debochados ou pecavam apenas pelo mau caratismo, características comuns em um pirata, desta vez a história ganhou um capaz de colocar medo na plateia.

E o mérito é todo de Javier Bardem que, uma vez travestido de capitão morto-vivo, em nada lembra o galã espanhol que já arrancou muitos suspiros do público feminino em “Comer Rezar Amar” (2010).

Franquia está longe do seu fim

Sempre que um novo filme de uma determinada franquia é lançado nos perguntamos se este será o último e com “Piratas do Caribe” não é diferente. Afinal, “A Maldição do Pérola Negra”, primeiro filme da franquia, estreou há 14 anos.

A questão é que o público se apaixonou pelo humor sagaz, irresponsável e atrapalhado de Jack Sparrow. Mérito de Johnny Depp e seus trejeitos dados ao personagem, inicialmente visto pela Disney como um tanto exagerados.

Entretanto, o que quase afastou o ator do papel pelo próprio estúdio, acabou se tornando marca registrada do pirata. Sucesso estrondoso, hoje é praticamente impossível dar segmento à franquia sem a presença do ator.

Em recente entrevista à revista Variety, o produtor Jerry Bruckheimer afirmou isso, alegando que Depp é fundamental para o sucesso da franquia. Já Brenton Thwaites, que vive o jovem Henrry, acredita que a quinta aventura deve ser vista como um recomeço, levando a crer que ainda há muita história a se contar.

Para quem ainda tem dúvidas de que a saga está longe do seu fim, assista “Piaratas do Caribe - A Vingança de Salazar” e tire suas próprias conclusões. Com cenas eletrizantes, é tudo tão rápido que mal dá para perceber, ao término do filme, que se passaram pouco mais de duas horas de projeção.

Takes rápidos e diálogos menos extensos completam boa parte da história que se passa no oceano. Então, além de uma boa trama, quem for ao cinema irá presenciar imagens belíssimas pelas quais vale à pena pagar o ingresso para assistir a versão 3D.

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