Publicado em 17/03/2025 às 17:22:00,
atualizado em 17/03/2025 às 17:31:30
Eterno Agostinho Carrara de A Grande Família, Pedro Cardoso surgiu todo reflexivo nas redes sociais nesta segunda-feira (17) ao receber a foto da fachada de uma casa com a imagem do personagem. O ator falou sobre a fama e o comportamento de alguns artistas.
"O quê em ser famoso tanto me agrada? E o que for, talvez seja o mesmo que agrada a toda gente. E o quê nesse prazer da fama as redes antissociais modificaram? Lembro a emoção de me sentir importante quando jovem eu concedia entrevistas. Ainda hoje me sinto. Lembro de contemplar minha foto no jornal e não caber em mim de vaidade. E lembro também logo do vazio dos dias seguintes quando nos jornais foto minha não havia", afirmou Pedro Cardoso.
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"Lembro logo depois começar a se esboçar em mim a compreensão do quão ridícula é a vida dos artistas famosos por conta desse desejo que vai ficando insaciável de ser destaque na sociedade. O que as redes antissociais oferecem aos artistas - e a toda gente - é a oportunidade de ser notícia todos os dias", comentou o ator.
"Antes, era um dia ou outro o dia de glória. Agora todos os dias a pessoa se faz notar dando notícia de si mesma. Viciamos-nos em doses diárias de convívio com o público, ansiosos por elogios diários. Na praça dos nossos vícios, os donos do negócio vendem publicidade e mentiras ideológicas. E nós artistas somos a mão de obra quase gratuita que eles empregam", refletiu Pedro.
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Na longa reflexão, Pedro Cardoso destacou como a fama é vista por muita gente. "Nosso pagamento mínimo é o prazer da vaidade pela ilusão de sermos diariamente notícia. Acontece a toda gente; comigo não é diferente. Mas então me chega a pintura na parede de uma casa brasileira do personagem que representei num programa de TV. E tudo melhora para mim. A figura pintada na parede não sou eu. É o Agostinho. O artista pintou o meu trabalho; não a minha pessoa", observou.
"Ter a minha participação na vida cultural do país pintada na parede, depois de amplificada por uma empresa de telecomunicação, afirma a minha vocação de ator; e confirma o desvalor da vida de famosos, de celebridades que a vida de ator de televisão se simulam. O ideal seria não ser famoso", disse.
"Que o público esquecesse o artista e guardasse apenas a arte dele na memória. E que cada vez que o visse em cena fosse a primeira vez. Quem merece a fama é a arte; não o artista. A maior glória do artista é ser esquecido enquanto sua arte é lembrada", concluiu Pedro.
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