Ator mirim da Globo é vítima de racismo na escola e desabafa: "Me chamaram de macaco"

O ator mirim Ygor Marçal, de 11 anos, revelou que foi vítima de racismo na escola particular onde estuda, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O jovem artista ficou famoso pelos papéis nas novelas Salve-se Quem Puder e Amor Perfeito, da Globo, além da série Tom - Lab de Chef, do Canal Futura.

Nas redes sociais, Fernanda Ribeiro, 21, que é irmã de Ygor e também é atriz, lamentou o ocorrido. "Hoje, meu coração se aperta ao ver uma reportagem sobre o racismo que o Ygor vem sofrendo. É difícil colocar em palavras a dor de saber que alguém tão amado é alvo de preconceito e violência. E que, em um momento tão difícil, ele se calou e não externou isso para ninguém", escreveu.

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Em conversa com o jornal Extra, a irmã de ator falou sobre o caso. "Tem um coleguinha de classe dele que faz essas coisas há muito tempo. Foi o mesmo que chamou o Ygor de ladrão quando achou que ele tinha pegado uma caneta sua e disse que ele não ia jogar bola com eles porque tinha 'pretofobia'", relatou Fernanda.

"Depois, outra colega o chamou de 'macaco'. E, quando o Ygor foi ajudar na feira de empreendedorismo, essa colega disse que não queria ajuda de 'pretinho'", comentou ela, deixando claro que os episódios são frequentes.

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Ygor Marçal desabafa sobre ataques racistas

Ao jornal Extra, Ygor Marçal detalhou o que tem sofrido. "Quando me chamaram de macaco, me senti muito desconfortável, triste. É como se tivesse uma parte de mim saindo. Eu não queria falar com a minha mãe para não acontecer alguma coisa, de ela ir lá, porque eu gostava muito daquela escola. Eu fiquei sem apetite", contou.

De acordo com Fernanda, o irmão pediu à mãe para mudar de escola e apresentou mudanças comportamentais significativas. "Meu irmão está muito para baixo. O comportamento do Ygor mudou muito de um tempo para cá. Ele se fechou, não queria comer, não queria mais ir para a escola... Inclusive, ele pede muito para minha mãe tirá-lo de lá. É muito triste", disse.

"E o pior é que, mesmo o pessoal do colégio sabendo de tudo, ninguém fez nada. A única coisa que fizeram foi chamar todas as crianças e pedir para escreverem o que gostavam nelas mesmas e o que o colégio poderia mudar", desabafou a irmã do ator.