Mike Tyson se choca ao descobrir morte de Maguila durante entrevista; assista

Mike Tyson não conseguiu disfarçar o choque ao descobrir a morte de Maguila (1958-2024), durante uma entrevista concedida nesta quarta-feira (30). O ex-boxeador teceu elogios à carreira do brasileiro e mandou um recado carinhoso para a família dele.

O vídeo foi compartilhado pela Ag Fight e publicado na página do pugilista, que morreu no último dia 24, no Instagram. "Sério? Nossa, ele faleceu? Que pena ouvir isso", exclamou o norte-americano, antes de dar algumas considerações sobre ETC (encefalopatia traumática crônica), doença com os mesmos sintomas do Alzheimer, com a qual o sergipano sofria.

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"Ele não teve lutas suficiente para morrer de demência, né? Não levou tantos golpes assim. Foi nocauteado só umas duas vezes ou algo assim. Ele nunca levou surras nem nada", lembrou Mike Tyson, falando sobre a condição causada pelos golpes repetitivos que os boxeadores levam na cabeça.

Ainda na mesma entrevista, ele não poupou elogios a Maguila e mandou uma mensagem aos familiares: "Ele sempre foi um cara bacana. Sempre foi um cavalheiro. Ele nunca se passou por durão ou malvado. Ele sempre foi um homem gentil. Desejo o melhor e sinto muito. Meus pêsames. É uma pena que isso tenha acontecido".

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Maguila morreu aos 66 anos

Morreu, na última quinta-feira (24), aos 66 anos, o ex-boxeador Maguila, em São Paulo (SP). Ele sofria de encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência pugilística, por ser causada por golpes na cabeça.

Em 17 anos de carreira, acumulou 85 lutas, com 77 vitórias, sendo 61 por nocaute. Houve ainda sete derrotas e um empate técnico. Enfrentou nomes como Evander Holyfield e George Foreman.

Ele se aposentou dos ringues em 2000. Nos anos seguintes, seguiu como uma personalidade da mídia, com entrevistas frequentes em programas de TV, entre outras funções. Ao longo da trajetória, chegou a ser até comentarista de economia. Além disso, gravou um disco de samba em 2009, Vida de Campeão.

O ex-pugilista foi diagnosticado com a doença em 2013 e, cinco anos depois, concordou em doar o cérebro para pesquisa após sua morte. O veterano passou os últimos anos no Centro Terapêutico Anjos de Deus, em Itu, no interior de São Paulo, sob cuidados médicos e rotina de atividades físicas. Ele deixou a esposa, Irani Pinheiro, e três filhos.