Altos e baixos

Filho de Marília Gabriela, Theodoro Cochrane expõe vícios e revela diagnóstico raro

Ator, que está com 45 anos, volta ao teatro com a peça A Última Entrevista

Theodoro Cochrane abriu o jogo e falou de seus vícios - Foto: Reprodução/YouTube/Montagem NaTelinha
Por João Paulo Dell Santo

Publicado em 29/08/2024 às 12:24:00

Filho mais novo de Marília GabrielaTheodoro Cochrane, 45, convive até hoje com o peso de ser filho de uma das mais conceituadas jornalistas, apresentadoras e escritoras do país. A partir desta sexta-feira (30), inclusive, o ator volta a dividir o palco com a mãe com a peça A Última Entrevista.

A exemplo de Gabi, o artista também não foge de nenhum questionamento, ainda que os assuntos sejam espinhosos, como o vício em álcool e drogas. Em entrevista a Tati Bernardi no podcast Desculpa Alguma Coisa, Theo tocou na ferida e expôs suas fragilidades.

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"Descobri que eu teria o que é chamado de vício cruzado. Faz o padê (gíria usada para cocaína) e a cachaça, a cachaça e o padê, eventualmente. Era recreativo, uma vez a cada dois meses. A cachaça era uma vez por semana, tipo um gim-tônica. Eu ficava ótimo. E é uma merda ser um bêbado ótimo porque todo mundo te adora, você não fica violento...", declarou Theodoro Cochrane.

"Só que durante a semana eu ficava muito deprimido. Meu namorado dizia que não era justo. Que na sexta-feira e no sábado, eu era maravilhoso, meus amigos me amavam. Mas na terça eu queria matá-lo e na quarta-feira, eu queria me matar", confidenciou o ator.

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Diante dos altos e baixos, Theodoro Cochrane tomou uma decisão e resolveu parar com tudo, surpreendendo até mesmo o terapeuta. "Teve uma hora em que caiu essa ficha em mim e falei: 'Vou parar'. Meu terapeuta chegou e falou: 'Você parou, mas ninguém para assim'", relatou o filho de Marília Gabriela.

Três meses após largar o álcool e as drogas, o artista foi diagnosticado com ciclotimia, um transtorno raro de humor que intercala momentos de grande euforia e tristeza. Na época, Theo passava uma temporada em Portugal com a mãe, depois da morte do pai, o astrólogo Zeca Cochrane.

"Eu parei e começou a abstinência. Juntou com o luto, com o desemprego, com a minha mãe, com a distância do meu namorado... Eu estava três meses em beber e usar nenhuma droga quando chegamos a um diagnóstico. Meu terapeuta disse que eu tinha ciclotimia e, a partir daí, comecei a tomar o medicamento certo e fazer a terapia encaminhada para isso. Um bom diagnóstico é salvador", revelou Theodoro Cochrane.

Confira a entrevista completa:



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