Publicado em 28/10/2018 às 18:00:00
Desde o início do ano, corriam boatos de que Luciano Huck se apresentaria como candidato à presidência do Brasil, rumor afastado por ele próprio.
Em entrevista ao Jornal Estado de São Paulo, o apresentador afirmou não ter arrependimento algum por estar fora da disputa: “Nunca foi um projeto pessoal meu. Depois de tudo que aconteceu nesses dois anos, eu não consigo voltar pra caixinha que eu estava, eu quero ajudar a construir um país mais justo. Uma pessoa como eu, que está há 20 anos rodando o país, eu sei onde estão os problemas, eu vi, ninguém me contou. Eu sei como esse país é injusto, como as pessoas moram mal. Eu não consigo passar por um problema e não me sentir parte dele. Não tem arrependimento. Acho que a gente tem um problema iminente, mas vamos ter que encarar. Vai estar todo mundo a fim de contribuir com uma agenda positiva, com ideias, trabalho, nas coisas que a gente entende que são inadiáveis”, relatou.
Luciano afirmou ainda que não se vê representado em nenhum dos candidatos: "Eu vejo problemas graves nos dois lados, mas a beleza da democracia é respeitar o resultado. A agenda social não é exclusividade de nenhum partido, nem da esquerda, nem da direita. E a gente só vai conseguir equalizar a desigualdade, se a gente tiver dinheiro pra gastar na educação, na saúde".
O marido de Angélica ainda falou sobre os planos de governo apresentado pelos concorrentes: "Eu li os dois planos de governo. O que me angustia e eu digo que não me sinto representado é porque a gente está discutindo a fiação, mas não qual a casa quer construir. Eu não enxergo hoje qual é o projeto novo de país, um projeto maior, disruptivo, que coloque o Brasil em um patamar em que você consiga enxergar uma menor desigualdade, inovação, educação. Mas eu vejo coisas boas, como a renovação legislativa, que foi onde eu me propus a ficar. Tem muita gente boa, nova".
Ainda durante a entrevista, Luciano não exclui a possibilidade de contribuir com o futuro governante do país: "Ganhando Bolsonaro ou Haddad, se respeitarem a democracia, se abrirem para a sociedade civil, entenderem que reformas têm de ser feitas, projetos que tem que ser implantados, a gente vai estar disposto a conversar com qualquer um".
O apresentador não revelou qual será sua escolha para a presidência.
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