Publicado em 30/07/2024 às 05:27:00
A partir das 13h15 (de Brasília) desta terça-feira (30), acontecerá a final por equipes feminina da ginástica artística da Olimpíada de Paris. Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Julia Soares, Lorrane Oliveira e Rebeca Andrade brilharam nas classificatórias, mas antes de liderar o time brasileiro, a campeã olímpica teve que superar um início de carreira dramático.
Nascida na periferia de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, Rebeca andava duas horas a pé para treinar no Ginásio Bonifácio Cardoso. A história se repetiu até que seu irmão mais velho comprou uma bicicleta usada para poder levar a pequena atleta para os treinos.
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A esportista iniciou sua trajetória na ginástica artística no projeto social Iniciação Esportiva, mantido pelo poder municipal para crianças e jovens entre 7 e 17 anos. Nos cinco anos em que treinou ali, ela ajudou o time a conquistar a terceira posição no Brasileiro Infantil e chegou a participar de um torneio de interclubes em Cuba.
Aos nove anos, Rebeca Andrade foi treinar no Centro de Excelência de Ginástica do Paraná, mantido pela prefeitura de Curitiba, onde foi criada a primeira seleção brasileira permanente. Na época, a empregada doméstica Rosa Rodrigues foi criticada por deixar a filha se mudar para outro estado sozinha.
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"As pessoas diziam você é doida de deixar sua filha ir embora. Mas eu tive a sabedoria e a mente aberta para deixá-la seguir seus sonhos. Eu deixei que ela voasse atrás de um objetivo. Deixando também claro que se não desse certo, as portas de casa sempre estariam abertas para ela. Hoje eu vejo que agi certo, por ter ouvido o meu coração", destacou ela, em entrevista antiga ao Estadão.
Um ano depois, em 2011, Rebeca Andrade recebeu um convite para treinar na equipe juvenil do Flamengo, onde permanece até hoje. Com o dinheiro que ganhou com as primeiras medalhas, a atleta conseguiu comprar um apartamento mais confortável para a família viver em Guarulhos.
Aos 25 anos, Rebeca Andrade deixou o início de carreira dramático para trás e viu sua dedicação dar inúmeros frutos. Na Olimpíada de Paris, a ginasta garantiu vaga nas finais do individual geral, do salto, da trave e do solo. Por pouco, ela ficou de fora da decisão das assimétricas.
A brasileira terá a companhia das colegas de time Flávia Saraiva e Julia Soares, que disputarão o individual geral e a trave, respectivamente.
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