Publicado em 30/09/2024 às 09:00:00,
atualizado em 30/09/2024 às 09:30:18
O desempenho de Força de Mulher na Record tem rendido uma série de discussões a respeito do público majoritário do horário nobre: feminino, das classes B, C e D, acima dos 40 anos. A produção turca, sucesso em todos os países por onde passou, chegou devagarinho, marcando médias em torno de 5 pontos e hoje se estabeleceu em patamares próximos dos 8 pontos. Uma arrancada e tanto.
Em meio a uma disputa que deixou de ser acirrada pela vice-liderança, o SBT deveria olhar para a concorrente. Força de Mulher foi um teste, um tiro no escuro que deu certo. Agora, a Record buscará outros títulos.
+ Família é Tudo chega ao fim sem ser sucesso, mas faz Globo ganhar audiência
+ A Globo desaprendeu a fazer novela? Direção precisa assistir Cabocla e Alma Gêmea
Por parte do canal dos Abravanel, seria o caso de pensar na volta das novelas adultas para a faixa das 20h30, como acontecia anos atrás. As mexicanas ou as adaptações, quando feitas, obtiveram boa performance nos números.
Os dramalhões da Televisa, com quem o SBT possui uma estreita relação, deveriam ser considerados por Daniela Beyruti e seu grupo de assessores. Menos do que a faixa tem registrado atualmente não daria. Pode cobrar.
Antes de apostar tudo e mais um pouco no nicho infantil, a emissora chegou a exibir Uma Rosa com Amor e Corações Feridos. Mesmo com um início complicado, as duas produções saíram de cena bem na fita. E como esquecer de clássicos como Pícara Sonhadora, Amor e Ódio, Marisol, Pequena Travessa, Canavial de Paixões e Esmeralda que foram muito bem nos anos 2000?
Dias atrás, esta coluna do NaTelinha ouviu de uma fonte que a possibilidade de investir em novelas adultas na sequência do SBT Brasil, seja adaptação ou um título mexicano, passou a circular nos bastidores do SBT com mais frequência. Por que não?
VEJA TAMBÉM
Em 2012, a partir de Carrossel (12,4 pontos), o SBT descobriu um mina de ouro em pleno horário nobre. Foram sucessos em sequência: Chiquititas (11,0), Cúmplices de Um Resgate (10,9), Carinha de Anjo (10,5) e As Aventuras de Poliana (11,1).
No entanto, a partir de Poliana Moça (6,2), a coisa desandou. Seja por um erro artístico, ao insistir na saga adolescente da protagonista da trama anterior, seja pela longa duração das produções, algo sempre apontado pela crítica especializada.
Doze anos depois, o SBT encontra um cenário desafiador. Não há mais criança vendo TV aberta. E não há produtos para esse público, que migrou para a TV paga, o streaming ou simplesmente passa horas a fio jogando no celular. A média geral de A Infância de Romeu e Julieta (4,3) é assombrosa. E a sucessora, A Caverna Encantada (4,3), não dá qualquer sinal de recuperação.
O sucesso de Força de Mulher e o declínio das novelas infantis esfregam na cara da direção do SBT o óbvio. Nesse momento de transição pelo qual a emissora passa, encarar essa mudança de nicho é mais do que importante, é essencial para a dramaturgia da casa.
Vilã não morreu
Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel
Estreou na TV aos 7
Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web