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Autor de No Rancho Fundo, Mário Teixeira reconquista público e ganha pontos com direção da Globo

Atual novela das seis elevou a audiência da emissora e caiu nas graças dos telespectadores

Autor de No Rancho Fundo, Mário Teixeira está em alta - Foto: Divulgação/Globo
Por João Paulo Dell Santo

Publicado em 08/07/2024 às 09:00:00

Terceira novela solo de Mário Teixeira, No Rancho Fundo tem feito a alegria da Globo de Norte a Sul do Brasil. Além de agradar o público de casa, o folhetim estrelado por Larissa Bocchino e Túlio Starling caiu nas graças das redes sociais. 

Criada às pressas para substituir o remake de Elas por Elas, após O País de Alice, de Lícia Manzo, ser cancelada, a trama segue a mesma toada de Mar do Sertão, outra criação de Mário, e se desenvolve como uma continuação da história anterior, reaproveitando temática, personagens, referências e ambientações.   

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De início, muitos duvidaram de que seria uma boa ideia apostar em uma continuação, ou melhor, no multiverso de Mar do Sertão. Ao comprar a proposta de Teixeira, a direção da Globo fez uma aposta certeira. E, ao que tudo indica, será um novo caminho a partir de agora. Sim, chegamos à era dos epílogos - só assim para dar um tempo na overdose de remakes. O problema, porém, é esse: o excesso. Roga-se prudência a Amauri Soares e José Luiz Villamarim, os cabeças do setor.

Êta Mundo Bom 2 (título provisório), com Walcyr Carrasco e Mauro Wilson no roteiro, já foi encomendada para 2025, na sequência de Garota do Momento. A direção caberá a Amora Mautner, o que será um desafio e tanto para a diretora, famosa pelas invenções e não pelo pastelão que ditou os trabalhos de Jorge Fernando (1955-2019), que tocou a história de Candinho (Sérgio Guizé) em 2016 - Allan Fiterman, como se sabe, é o diretor das duas sagas nordestinas. A ver. 

De todo modo, o formato vem sendo considerado internamente como uma tendência futura. Mais do que isso, No Rancho Fundo tem servido para coroar a caminhada de Mário Teixeira na casa. O novelista chegou à Globo em 2000, quando dividiu os textos de O Cravo e a Rosa com Walcyr. Depois, na função de colaborador, esteve envolvido com A Padroeira (2001), Ciranda de Pedra (2008), Tempos Modernos (2010) e Passione (2010). 

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I Love Paraisópolis (2015), em parceria com Alcides Nogueira, e Liberdade, Liberdade (2016), quando assumiu uma bucha, serviram para levá-lo ao voo solo, com O Tempo Não Para (2018) e a partir daí, a consagração. Hoje, Mário é visto como um profissional incansável, uma espécie de Walcyr Carrasco da nova geração. Não recusa os chamados. Encara qualquer desafio. Escreve para todos os horários. Emplaca um trabalho atrás do outro. E, principalmente, dá audiência e faturamento. 

A seguir o planejado, No Rancho Fundo se despede da telinha em 2 de novembro. Serão 172 capítulos, seis a menos que Mar do Sertão, que, diante do sucesso, foi esticada em duas semanas em 2022. Data hoje, a emissora não considera essa possibilidade. A Globo entende que quanto mais tempo atrasar a estreia de Garota do Momento, de Alessandra Poggi, pode comprometer o novo folhetim - o número de televisores ligados despenca em dezembro. 

No Rancho Fundo aumenta audiência da Globo

A propósito, até o capítulo 66, No Rancho Fundo dispõe de 19,0 pontos de média parcial na Grande São Paulo, principal praça de referência para o mercado publicitário. São simplesmente quase quatro pontos a mais que a antecessora.

Nas mesmas condições, o fracassado remake de Elas por Elas conquistou 15,3 pontos com 11 semanas no ar. A trama dos Leonel também já deixou para trás, com a idêntica quantidade de capítulos, Nos Tempos do Imperador (17,6) e Além da Ilusão (18,0).  

Consideradas sucessos de público e crítica no pós-pandemia, Mar do Sertão (19,5) e Amor Perfeito (19,3) saíram de cena com índices ligeiramente superiores. Cada ponto equivale a 73,3 mil domicílios ou 191,5 mil indivíduos na capital paulista.

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