Direta e reta

Luana Piovani fala do abandono do pai, convivência com a mãe e decisão envolvendo o filho: "Lambo a ferida"

Atriz participou do quadro Pode Perguntar, do Fantástico, e encarou as mais variadas perguntas


Luana Piovani
Luana Piovani abriu o coração e falou do pai biológico, da mãe e da mudança do filho para o Brasil - Foto: Reprodução/Globo

Luana Piovani abriu o coração e surgiu sem filtros em entrevista ao quadro Pode Perguntar, do Fantástico, no último domingo (29). A atriz, que atualmente vive em Portugal com os filhos gêmeos Liz e Bem, falou sobre o abandono do pai, a convivência com a mãe e a mudança do primogênito, Dom, para o Brasil.

"A gente, por natureza, é ingrato com os filhos, porque a gente não consegue ter a dimensão do que é a maternidade, dos sacrifícios que passamos e vivemos. E eu, talvez, tenha sido ingrata com a minha mãe em alguns momentos, porque ainda não era mãe", disse a famosa ao citar Francis Piovani.

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"Eu me lembro da minha mãe com depressão e eu sentada com ela falando: 'Mas, mãe, a sua vida é tão boa!'. E a minha mãe, frágil, olhou para mim e falou: 'Minha filha, mas eu não consigo sentir essa felicidade, mesmo racionalmente, sabendo dela'", relatou Luana Piovani, às lágrimas.

"Hoje eu entendo que depressão não tem nada a ver com tristeza, depressão é doença, assim como diabetes. Então, foi difícil, mas hoje, graças a Deus, ela está bem e nós temos uma relação maravilhosa", contou.

No papo, Luana relembrou o abandono do pai biológico, Cassiano Leite, aos dois anos de idade, e falou do de criação, Valter Francis. "Com dois anos, meus pais se separaram, e o meu pai biológico desapareceu. Sete meses depois, a minha mãe conheceu o meu padrasto. A minha mãe trabalhava loucamente num banco, ele me dava comida, banho porque minha mãe não tinha chegado do banco. E o meu pai biológico, que tinha se casado com outra mulher, já tinha tido mais três filhos, e não queria pagar a pensão", confidenciou.

"Um dia, acho que tinha uns nove anos, teve uma audiência, e o advogado da minha mãe falou: 'Já que não quer pagar a pensão, a gente sugere para ele abrir a mão do pátrio-poder'. Imediatamente, ele aceitou. No que ele sai da minha certidão de nascimento, o meu pai, que a vida toda me criou, entra e me adota. Cada vez que o meu pai vinha me visitar com os meus irmãos e com a esposa nova, ele ia embora com aquelas crianças, eu chorava. E me perguntava: 'Por que eu nunca estou nesse colo?'. Começo a me relacionar com homens e tenho esse medo de ser abandonada", desabafou Piovani.

"Mas aí, com a graça de Deus, com 19 anos, eu entro na terapia. E com 29 na psicanálise. Com a graça de Deus, pego esse trauma que meu pai biológico fez e sai no xixi", disparou a atriz.

Luana Piovani fala do filho mais velho

Luana Piovani fala do abandono do pai, convivência com a mãe e decisão envolvendo o filho: \"Lambo a ferida\"

Ainda na entrevista ao Fantástico, Luana Piovani falou da mudança de Dom para o Brasil, quando passou a viver com o pai, Pedro Scooby.

"As pessoas não estão acostumadas a escutar o que eu vou dizer, as pessoas olham para mim como se eu estivesse falando que matei alguém. O meu filho mais velho não me respeitava. Eu dava as ordens e ele não respeitava, ele me peitava e eu vi que ele estava fazendo isso porque ele queria vir pro Brasil. E eu não me deixo ser maltratada por ninguém, namorado, patrão, pai, mãe, irmão, nem filho!", disse.

"Então eu fiquei tentando que você ficasse feliz aqui, a sua felicidade não tá aqui, então vai. E foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida. O meu filho está feliz, o meu ex-marido é um pai melhor porque ele está mais responsável e dando conta de tudo, me surpreendendo positivamente", elogiou Luana.

A artista, porém, lamentou a distância do adolescente. "Eu sangro todo dia de saudade, eu não tava preparada pro meu filho sair debaixo da minha asa com 12 anos. Mas o que eu faço: lambo a minha ferida, vejo que ele está feliz. Isso é colocar um bálsamo por cima e aí eu vou indo", explicou.

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