Covid-19

Bacci defende eventos e reabertura do comércio: Equivale a uma Ford

Apresentador saiu em defesa de cantores como Marília Mendonça e Léo Santana, criticados por aglomeração em show de Tayrone


Luiz Bacci
Para Bacci, impacto da suspensão de eventos equivale ao fechamento de uma fábrica da Ford. Foto: Reprodução/Record
Por Diogo Cavalcante

Publicado em 29/01/2021 às 19:22,
atualizado em 29/01/2021 às 19:51

Luiz Bacci defendeu a retomada de eventos e atividades comerciais no país, apesar do estágio de pandemia. Para o apresentador do Cidade Alerta, o impacto causado no setor de eventos, a cada semana, “equivale a uma fábrica da Ford fechada” e o fechamento do comércio em São Paulo reforça o desemprego. O comentário foi feito na tarde desta sexta-feira (29), durante o programa policial, quando o Bacci saiu em defesa dos cantores Marília Mendonça, Léo Santana, Lauana Prado, Gustavo Mioto e Tayrone, criticados nas redes sociais por conta da aglomeração que aconteceu na gravação de um show em Goiânia na última quarta (27).

“Vocês que estão criticando a Marília Mendonça, vocês que estão criticando o gigante, Léo Santana, vocês que estão criticando o Gustavo Mioto, vocês que estão criticando Lauana Prado, vocês que estão criticando as escolas que precisam voltar para suas aulas, vocês que estão criticando o funcionamento do comércio em todo o Brasil. Eu quero dizer a vocês que a área do entretenimento perde, toda semana, o que equivale a uma fábrica da Ford fechada. Como se uma fábrica da Ford fosse fechada toda semana, em termos de demissão”, iniciou.

“Eu quero avisar a vocês que o fechamento do comércio, hoje, já contribui para um número assustador de 14 milhões de desempregados neste país. Eu quero dizer a vocês que os restaurantes fechando agora, no fim de semana, podem colocar na rua uma multidão de pessoas. A cada dia do comércio fechado, maior a chance de se aumentar o desemprego. Só nesse país temos de empregados, de forma direta ou indireta, registrada ou não, mais de seis milhões de garçons”, prosseguiu, em seu discurso.

Bacci, ainda, citou a questão do atraso educacional que pode acontecer. “Querem que nossas crianças percam mais um ano de aula, atrasem mais um ano de escola. Que a mão de obra do futuro seja atrasada em mais um ano. O que está certo ou o que está errado no meio dessa enxurrada de críticas?”, questionou, chamando o intervalo comercial.

Bacci continuou discurso contra fechamento durante o Cidade Alerta

No bloco seguinte, Luiz Bacci continuou comentando o assunto. “O Léo Santana tem a vida dele garantida. Ele, como pessoa física. Léo Santana tem uma condição bacana, deu agora um apartamento de presente para o pai dele. Mas e a turma que ele sabe que depende do trio elétrico dele? A turma que depende dos shows dele? As pessoas que fazem parte desses escritórios pelo Brasil todo, que vivem desses eventos. Essas pessoas estão indo à miséria, minha gente”, argumentou.

“Então, vamos ter também mais empatia com os que dependem dessa área de shows. Para de pensar que é por ser área de show, área de entretenimento, que é só o artista que é o maior beneficiado. Veja quantas pessoas a cadeia produtiva desse setor sustenta. E, enquanto isso, você tem aqui em São Paulo (....) uma fase vermelha (de funcionamento de atividades comerciais) proibindo as pessoas de terem o que comer”, apontou.

Por fim, enquanto mostrava uma reportagem sobre um protesto pela reabertura do comércio em São Paulo, o apresentador da Record voltou a argumentar sobre o tema: “Uma carreata de trabalhadores lutando aí pela reabertura do comércio. Isso aí não é só dono de comércio, não. É o povo. Tem garçom. Vocês têm que aprender a discernir, gente. Não é só o empresário que quer trabalhar”.

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