Band processa youtubers bolsonaristas, após divulgação de fake news
Emissora foi para justiça depois de ter sido acusada de pertencer a grupo chinês
Publicado em 01/06/2020 às 18:30
A Band decidiu acionar a Justiça contra youtubers bolsonaristas, depois deles terem acusado a emissora de ter sido comprado pela China. A emissora paulista está processando Bernardo Kuster e Roberto Bessow por fake news e vem pedindo uma indenização de R$ 50 mil de cada um deles.
Segundo o colunista do UOL, Rogério Gentile, o representante da Band explica a situação. "Percebe-se a total falta de compromisso com a verdade e, sobretudo, com a ética", afirmou ele que, além de acionar com o pedido de indenização também pediu judicialmente por direito de respostas.
No documento que já está nas mãos do Poder Judiciário, a Band informa que não foi adquirida, nem está sob o controle acionário ou diretivo de qualquer entidade ou órgão estrangeiro. O próprio texto lembra que a prática é proibida pelo Código Brasileiro de Telecomunicações. Com isso, os advogados da emissora pedem reparação.
A emissora informou nos autos que as declarações dos Youtubers foram feitas com o propósito inegável de ofender e afetar a sua reputação e credibilidade. Também está sendo processado o site bolsonarista Jornal da Cidade Online, que divulgou as acusações contra a Band tratando-as como verdadeiras..
Band e a China
Ao contrário do que disseram os bolsonaristas, a Band tem um acordo com a China Media Group, responsável por diversos veículos de comunicação estatais do país, mas o objetivo é bem diferente do que foi citado pelo grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e foi a falta da informação verídica que motivou o processo.
O acordo firmado tem por base o compartilhamento de conteúdo audiovisual, jornalístico e cultural e não há nenhum indício de que a Band tenha vendido o controle da empresa para grupo chinês. Ainda não há prazo para que o processo seja julgados e as partes ainda não foram ouvidas.