Fátima Bernardes defende adiamento do Enem: "Questão de sentar e reorganizar"
Apresentadora mostrou o drama de alunos que estão com dificuldades de estudar em casa
Publicado em 12/05/2020 às 13:43
O Encontro com Fátima Bernardes debateu nesta terça-feira (12) a decisão do Ministério da Educação em abrir as inscrições para o Enem 2020 (Exame Nacional do Ensino Médio) e o pedido de estudantes e movimentos universitários para que a prova fosse adiada por conta da pandemia do coronavírus.
A apresentadora Fátima Bernardes ficou ao lado dos alunos que querem o adiamento do Enem e defendeu a reavaliação das datas da prova, alegando que todos os países vivem uma situação inusitada por conta da crise provocada pela Covid-19 e o Governo precisa ter bom senso.
“Muitos alunos estão reclamando, principalmente aqueles que não têm acesso à internet, que não tem computador, o celular é ruim, eles não estão conseguindo manter os estudos em casa. Tem muita gente nessa situação”, explicou a comunicadora. “Isso tá gerando muita ansiedade e nós também dormimos de um jeito e acordamos de outro, sem poder sair de casa, com várias limitações e aprendendo a viver desta nova fase. Fico imaginando a ansiedade na vida desses jovens e da família querendo saber se vai ter a prova ou se não vai ter”, acrescentou.
Fátima mostrou a dificuldade de muitos jovens em estudar e se preparar para o Enem diante da pandemia e ressaltou que é possível uma reorganização por parte do MEC sobre a realização da prova. “Acho que é uma questão de sentar e reorganizar. Talvez adiar esse processo de novembro para fevereiro. Não sei, não sou eu que vou calcular os dias e como fazer, mas um adiamento é algo que estão exigindo muito”, opinou.
Fátima Bernardes cita declaração do MEC
Fátima Bernardes escutou a versão do MEC, que alegou ser “prematuro” a decisão de adiar a prova, porque ainda não se sabe exatamente quanto tempo a pandemia irá durar e é preciso manter o calendário para que os candidatos possam se preparar.
“Que o candidato precisa se preparar, ele sabe. Ele precisa é ter condições para se preparar”, rebateu a apresentadora. “Que a gente possa mexer nisso e avaliar quando essa prova poderá ser feita para que todos possam competir de maneira mais justa”, concluiu.