Memória

Laços de Família: Clara expõe Capitu em casamento e atriz lembra gravação

Momento chave da novela foi ao ar na tarde desta quinta-feira (28), no Vale a Pena Ver de Novo


Regiane Alvez
"Não tive medo de ser julgada", diz Regiane Alves. Foto: Reprodução/TV Globo

Foi ar ar em Laços de Família, na tarde desta quinta-feira (28), a clássica cena em que Clara (Regiane Alves) expõe Capitu (Giovanna Antonelli) e revela que ela é prostituta, diante de todos os convidados do casamento de Edu (Reynaldo Gianecchini) e Camila (Carolina Dieckmann). Telespectadora assídua da reprise, Regiane revelou que precisou se concentrar muito na gravação, para catalisar o impacto que o momento pedia.

“A Clara era uma garota mimada querendo atenção e pedindo isso da forma mais errada possível. Usava a filha para salvar um casamento falido. Era a “chata" da novela. E fazer uma personagem chata não é fácil, mas sempre tive o apoio de Manoel Carlos e Ricardo Waddington e me sentia protegida”, declarou, em entrevista divulgada pela Globo à imprensa.

Na época que viveu a personagem, Regiane era estreante em novelas da Globo. Até então, só tinha atuado na minissérie A Muralha (2000) e na novela Fascinação (1998), do SBT. “Foi impactante. Para mim, depois da cena em que a Camila raspa a cabeça, essa é uma das mais lembradas pelo público. Tinha 21 anos, uma cena difícil para fazer, e na frente daquele elenco de feras. Sabia que era uma sequência muito importante, que marcava uma reviravolta na trama, então, me preparei bem para ela. Lembro que exigiu muita concentração”, acrescentou.

A atriz diz que sente sensações divergentes ao rever a novela: "Primeiro a curiosidade em acompanhar a minha primeira novela em horário nobre, e ao mesmo tempo fico aflita em rever algumas cenas, sinto um misto de vergonha e nostalgia. Repenso em como poderia ter feito aquela cena mil vezes e não tem como mudar”.

Parceria duradoura entre Regiane Alves e Manoel Carlos

Clara foi a primeira personagem “chata” vivida por Regiane em uma novela do Maneco. Posteriormente, vieram Dóris, de Mulheres Apaixonadas (2003), e Alice, de Páginas da Vida (2006). Uma verdadeira trilogia de megeras. “Acho que ele confiou e me deu oportunidade para mostrar o meu trabalho. Nessa carreira a gente sempre precisa de alguém que confie, acredite e nos dê a chance de mostrar o nosso potencial”, analisou.

“Me lembro uma vez de ele me dizer que eu era uma atriz que não defendia a personagem e fazia exatamente como estava no papel. Nunca o meu ego entrava na frente, eu nunca questionava as atitudes e ações da personagem, não fazia julgamentos, era aquilo que estava escrito e assim eu executava. Não tive medo de ser julgada. Com o passar dos anos isso fica um pouco mais difícil, confesso”, discorreu.

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