Ha 25 anos terminava "Sonho Meu", fenômeno das 18h acusada de promover bigamia
A novela teve a segunda maior audiência do horário naquela década
Publicado em 13/05/2019 às 16:40
13 de maio de 1994. Nesta data, ia ao ar o último capítulo da segunda maior audiência dos anos 90 no horário das 18h da Globo. "Sonho Meu" foi a última novela solo com assinatura de Marcílio Moraes na rede carioca e se tornou um fenômeno do horário.
Protagonizada por Patrícia França e Leonardo Vieira, a trama tinha como vilão um jovem Fábio Assunção que era aposta da obra para se tornar um dos galãs da Globo. Com supervisão de texto de Lauro César Muniz, a novela teve que realizar mudanças radicais por conta de protestos.
É que a protagonista se relacionou tanto com o mocinho quanto com o vilão, mas antes disso era casada com Geraldo (José de Abreu) e, ao ficar com o personagem de Leonardo Vieira, ela passou a ser acusada por parte de público e crítica como bígama. Lauro César então decidiu que o autor e seus colaboradores deveriam modificar a sinopse e fazer com que a personagem fosse acusada de bigamia na história.
Mesmo com esses percalços, "Sonho Meu" foi um fenômeno de audiência. Recebendo em alta pela maior audiência da história do horário, "Mulheres de Areia", o folhetim terminou com 44 pontos de média, número que a colocou como a segunda melhor média daquela década e uma das melhores de todos os tempos.
A trama contou ainda com a participação de nomes como Beatriz Segall, Elias Gleizer, Débora Duarte e Nívea Maria. No último capítulo, o cantor José Augusto fez uma participação especial ao lado de Xuxa. É que a dupla era responsável pela música de abertura da trama.
Entre sua equipe de roteiristas, além do próprio Marcílio e de Lauro César Muniz, a roteirista Maria Adelaide Amaral fez parte do grupo como colaboradora. O primeiro trabalho dela como autora na Globo foi em 1997 no remake de "Anjo Mau".
Mesmo com o sucesso, essa foi a última novela solo de Marcílio Moraes na Globo. Ele dividiu a co-autoria do sucesso "Roda de Fogo" (1986) com o próprio Lauro César Muniz que acabou ganhando todos os louros pelo sucesso da trama, o que estremeceu a relação deles, e também assinou "Mico Preto" (1990), dividindo o posto com Euclydes Marinho e Leonor Basséres.
Marcílio acabou conquistando fama na Record. Na emissora da Barra Funda, ele escreveu obras que se tornaram icônicas como "Vidas Opostas" (2006) e "Essas Mulheres" (2005). Sua última novela na emissora foi "Ribeirão do Tempo" (2010).