Na última semana de "Segundo Sol", relembre 10 pontos fortes da novela
Novela de João Emanuel Carneiro chega ao fim na próxima sexta-feira (9)
Publicado em 05/11/2018 às 12:40
No dia 14 de maio estreava “Segundo Sol”. Escrita por João Emanuel Carneiro, a novela se passa na Bahia e tem como protagonista o casal Beto Falcão (Emílio Dantas) e Luzia Batista (Giovanna Antonelli). Ele um músico em decadência que se transforma em ídolo nacional despois de ser dado como morto. Ela uma cata-marisco que vê sua vida mudar quando é acusada injustamente de ter matado o ex-marido.
Desde que a novela está no ar, o casal enfrenta dificuldades para conseguir ficar junto. Nesta semana, “Segundo Sol” exibe os seus últimos capítulos. Até o fim, na próxima sexta-feira (9), o telespectador deve ser surpreendido com muitas emoções.
Para entrar no clima, destacamos 10 pontos fortes do folhetim.
Confira:
Polêmica
Antes da novela estrear, “Segundo Sol" gerou polêmica por parte dos internautas porque apesar da trama de João Emanuel Carneiro se passar na Bahia, quase não havia atores negros no elenco principal. A emissora chegou a receber uma notificação do Ministério Público do Trabalho para respeitar a diversidade racial da cidade que servia de cenário para a trama. Houve até um ensaio de boicote ao folhetim que acabou não indo para frente depois da novela estar no ar e conquistar o público com sua brasilidade.
A grande vilã
Um dos maiores sucessos do autor é “Avenida Brasil” (2012), que tinha como vilã a personagem Carminha (Adriana Esteves). Quando o nome da atriz foi anunciado na pele de Laureta, outra grande vilã, em “Segundo Sol”, ficou quase que impossível não comparar a alpinista social com a cafetina de luxo. Apesar de personagens distintas, em alguns momentos de atuações da atriz é possível identificar semelhanças entre seus papéis.
O ídolo nacional
O primeiro capítulo de “Segundo Sol” foi marcado pela falsa morte de Beto Falcão, protagonista vivido por Emílio Dantas que passa a usar o codinome Miguel. Aliás, uma das características do folhetim é a velocidade com a qual a história se desenrola, deixando o telespectador com a sensação de que se piscar os olhos é capaz de perder algum fato relevante.
O casal protagonista
Supostamente morto, Beto decide se isolar na fictícia ilha de Boiporã como Miguel e acaba conhecendo Luzia (Giovana Antonelli), uma cata-marisco que cria os filhos sozinha. Os dois se apaixonam e passam a viver um romance interrompido por Karola (Deborah Secco), ex-noiva do músico. Ela e Laureta conseguem separar o casal, roubar o bebê recém-nascido da marisqueira com Beto e fazê-la acreditar que a criança não resistiu ao parto, além de colocá-la atrás das grades sob a acusação de matar o ex-marido.
A DJ gringa
Condenada injustamente, Luzia (Giovanna Antonelli) chega a ser presa, mas foge da cadeia. Na companhia de Groa (André Dias), ela se muda para a Islândia e torna-se uma famosa DJ conhecida como Ariela. De volta ao Brasil depois de 20 anos morando no exterior, Luzia começa a travar uma batalha para provar sua inocência e se reaproximar dos filhos, Manu (Luisa Arraes) e Ícaro (Chay Suede), dois jovens desajustados por terem sido criados separados e longe da mãe.
O filho perdido
Durante uma de suas apresentações como Ariela, Luzia conhece Valentim (Danilo Mesquita) e sente forte conexão com o rapaz sem imaginar que se tratava do filho que ela teve com Beto/Miguel, mas foi roubado por Karola e criado como sendo dela com o músico. Depois que muitas reviravoltas, os dois finalmente vão se reconhecer como mãe e filho, entendendo o carinho que surgiu quando se viram pela primeira vez.
O bastardo milionário
Um dos grandes destaques desta novela é Fabrício Boliveira que dá vida ao motorista Roberval. Antes de morrer, Claudine (Cássia Kiss) revela ao rapaz que ele é filho do marido dela, Severo Ataíde (Odilon Wagner), com a empregada, Zefa (Claudia Di Moura). Revoltado por nunca ter sido reconhecido pelo pai por ser negro, ele decide recomeçar a vida longe da mansão dos Ataíde, mas fica decepcionado quando sua mãe prefere permanecer ao lado dos patrões ao invés de acompanhá-lo. Ele não sabe, mas Zefa toma esta atitude porque também é mãe de Edgard (Caco Ciocler), irmão branco de Roberval, a quem acredita ser mais dependente dos seus cuidados. Fora da mansão, Roberval conhece Laureta e passa a ganhar dinheiro como michê até o dia em que dá um golpe em uma coroa rica, se muda para a África e retorna ao Brasil 20 anos depois como um famoso empresário em busca de vingança.
A garota de programa ambiciosa
Destaque feminino na trama de João Emanuel Carneiro, Letícia Colin dá vida a Rosa, uma jovem que vê sua grande oportunidade surgir quando é convidada por Laureta para ser garota de programa. Ela se torna uma das prostitutas mais procuradas e acaba sendo disputada por Ícaro e Valentim. Quando sua família descobre pela cafetina com o que Rosa trabalho, o pai dela, Agenor (Roberto Bolfim), a expulsa de casa. A cena da jovem sendo escorraçada elevou o ibope e sensibilizou o público de casa. Humilhada, a moça decide se vingar da patroa indo em busca de algo que a comprometa. É assim que Rosa descobre todo o envolvimento de Laureta e Karola no roubo de Valentim e na prisão de Luzia. Entretanto, se deixa levar pela ganância ao invés de revelar a verdade aos interessados.
Trio amoroso
Irmã de Rosa, Maura (Nanda Costa) é parceira de Ionan (Armando Babaioff) na delegacia de Salvador. Lésbica, ela mantém um relacionamento com Selam (Carol Fazu). Assim como acontece com sua irmã, ela também é expulsa de casa quando o pai descobre seu envolvimento com outra mulher. As duas desejam ter um filho através de inseminação artificial e a policial escolhe o colega de trabalho e amigo para ser o doador. A aproximação dos dois faz com que eles se apaixonem, provocando conflito em seus casamentos. Nesta reta final da trama, Maura propões que os três vivam juntos.
Renata Sorrah
Nesta reta final do folhetim, os telespectadores de “Segundo Sol” ganharam um presentão. Renata Sorrah, eternizada na TV como a vilã Nazaré Tedesco de “Senhora do Destino” (), foi convidada para interpretar Dulce, mãe de Laureta. Sobrevivente da ditadura militar, a personagem sofre com relapsos de memória. Isolada em um sítio, conta com a companhia de apenas algumas galinhas até que sua filha decide usar a casa como esconderijo de Remy (Vladmir Brichta). A essa altura, o público de casa já sabe que ela e o comparsa são meio irmãos. O amante de Karola é dado como morto durante uma arapuca das duas para colocar Luzia novamente atrás das grades, acusada pelo suposto assassinato do pilantra. A participação da veterana atriz dura apenas alguns capítulos, mas as cenas hilárias vão deixar saudades.
Bônus
“Segundo Sol” estreou com gostinho de "vem mais um sucesso por aí". Principalmente, porque “Avenida Brasil” foi um marco da teledramaturgia brasileira. Por conta disso, comparações eram previsíveis e, por alguns momentos, João Emanuel Carneiro nos transportou para seus folhetins do passado.
Se por um lado é impossível não se lembrar de Carminha quando Adriana Esteves está em cena como Laureta, por outro uma das sequências mais macabras da trama nos fez recordar de outra vilã criada pelo autor. Flora, personagem de Patrícia Pillar em “A Favorita” (2008). Uma das sequências mais macabras da atual novela foi o falso assassinato de Remy, encontrado supostamente morto em um quarto de motel todo ensanguentado. O cenário assustador lembra a morte de Gonçalo Fontini (Mauro Mendonça), que sofre um infarto fulminante depois de acreditar que a esposa Irene (Glória Menezes) e a neta Lara (Mariana Ximenes) foram assassinadas.
Antes de colocar seu plano em prática, Flora substitui os remédios do empresário por placebo. Então, quando ele começa a passar mal depois de presenciar rastros de sangue espalhados pela sua casa, ela ainda o tortura psicologicamente narrando como teria sido os últimos momentos de vida das vítimas.