Além de "O Outro Lado do Paraíso", confira outras novelas problemáticas do horário nobre da Globo
Tramas tiveram baixos índices de audiência e sofreram para emplacar
Publicado em 27/11/2017 às 16:19
Que brasileiro gosta de novela isso já não é nenhuma novidade. Talvez por isso, o telespectador seja muito exigente com o que assiste em casa. Os folhetins globais são os que mais imperam nas casas das pessoas.
No entanto, os telespectadores são exigentes. Isso significa que quando uma novela não vai bem, as chances de a audiência subir e ela se reerguer são mínimas. Atualmente, “O Outro Lado do Paraíso” vem passando por uma crise.
A trama escrita por Walcyr Carrasco teve pela frente o desafio de substituir “A Força do Querer”, que foi um tremendo sucesso. No entanto, a história ainda não emplacou e nem conquistou o público, que reclama do excesso de maldade.
As chances de uma reviravolta estão na segunda fase da novela, que começa nesta segunda-feira (27).
Além disso, alguns personagens devem ter seu perfil mudado como, por exemplo, Gael (Sérgio Guizé), que pode deixar o estilo violento de lado e retornar um pouco mais humanizado.
Por outro lado, a emissora já ligou o alerta e caso a segunda fase não emplaque, a trama deve mesmo ter seu final adiantado. A substituta de “O Outro Lado do Paraíso” será “De Volta para Casa” (título provisório), de João Emanuel Carneiro e o autor já foi avisado que ao invés de maio, a trama pode estrear no final de fevereiro de 2018.
Esta não é a primeira vez que a emissora tem problemas com uma novela das nove, obrigando-a a mudar o rumo da história, incluir ou excluir personagens e, até, encurtar a trama e acelerar a produção de um próximo folhetim.
Confira novelas problemáticas no horário nobre da Globo:
A Lei do Amor (2016/2017)
De Maria Adelaide Amaral e Vicent Villari, "A Lei do Amor" é considerada um dos maiores fracassos da Globo. A trama passou por ajustes chegando a ter mais de um terço do atual elenco retirado. A novela terminou com 27 pontos de média - a segunda pior da história.
Velho Chico (2016)
De Benedito Ruy Barbosa e Bruno Luperi, Velho Chico sofreu na audiência. A trama teve média geral de 29 pontos e fechou com 35 no último capítulo. Superou "Babilônia", que teve 33 pontos.
Babilônia (2015)
A novela de Gilberto Braga foi a substituta de “Império”, herdando média de 32 pontos de audiência em sua estreia por mérito da antecessora. Porém, o caldo entornou e a trama não emplacou. Para evitar o naufrágio, Silvio de Abreu foi chamado pela emissora a fim de salvar a produção, mas o esforço foi em vão e o folhetim ficou com média de 25 pontos no ibope. Seu recorde negativo foi em abril, quando chegou a marca de 20, 2 pontos na grande São Paulo. Esta não foi a pior marca em audiência no horário nobre da TV Globo porque “Salve Jorge” e “Esperança” chegaram a registrar 18 pontos.
Em Família (2014)
Até então, a novela de Manoel Carlos ocupa a quarta colocação dentre as tramas mais curtas do horário nobre. Mesmo o autor trazendo Júlia Lemmertz como sua última Helena em homenagem a mãe da atriz, Lilian Lemmertz, que foi a primeira Helena criada pelo autor. A trama não deslanchou, o casal formado por Bruna Marquezine e Gabriel Braga Nunes não conquistou o público e, por conta disso, a novela teve que se contentar com média de 29,8 pontos no ibope.
Salve Jorge (2012)
Escrita por Gloria Perez, a novela pagou caro por substituir “Avenida Brasil”, considerada um dos maiores sucessos do horário nobre nos últimos dez anos. Além disso, a novela foi vitima de boicote por parte de religiosos que iam contra a trama que leva o nome de um dos santos mais populares do Brasil em seu título. Sendo assim, em um mês no ar “Salve Jorge” só conseguiu atingir 29 pontos de audiência. Após mexer na história, a novela deu uma guinada. O ultimo capítulo registrou 46 pontos no ibope.
Insensato Coração (2011)
A obra de Gilberto Braga estrelada por Paolla Oliveira, “Insensato Coração”, foi a primeira obra da TV Globo a ser apontada como “novela das nove”, quando antes os folhetins exibidos no horário nobre eram conhecidos por “novelas das oito”. Com uma trama ágil e cheia de reviravoltas, tinha tudo para ser um grande sucesso. Entretanto, não obteve o sucesso esperado. Ficou com uma média de 36 pontos apenas, mesmo substituindo “Passione”, outro fracasso para o horário.
Passione (2010)
Estreou em uma época na qual o horário nobre da emissora já vinha apresentando quedas no ibope, mas não foi suficiente para alavancar o índice de audiência. Escrita por Silvio de Abreu, se “Passione” estivesse sendo exibida hoje sua média de 35 pontos até poderia ser considerada razoável. Porém, na época em que foi ao ar este índice era preocupante.
Viver a Vida (2009)
Escrita por Manoel Carlos, a trama sofreu altos e baixos durante sua exibição. Amargando média de 30 pontos de audiência apenas, o autor foi obrigado a fazer inúmeras mudanças no decorrer dos capítulos em busca de tentar movimentar um pouco mais a história e, assim, conquistar o público. O resultado foi positivo. No último mês de exibição, “Viver a Vida” marcou média de 37 pontos com picos de 46.
Esperança (2002)
A novela de Benedito Ruy Barbosa substitui “O Clone”, grande sucesso do horário nobre. Por conta disso, acabou estreando com bons índices, herdando 47 pontos de sua antecessora. Porém, a história não emplacou nem mesmo trazendo o trio amoroso formado por Reynaldo Gianechinni, Priscilla Fantin e Ana Paula Arósio como trio amoroso e tendo a Itália como pano de fundo. No decorrer da trama, a novela acabou amargando média de 38 pontos apenas.
Suave Veneno (1999)
A novela de Aguinaldo Silva substitui “Torre de Babel”, que foi muito bem aceita pelo público. E como se tratava de uma época em que poucos brasileiros tinham TV a cabo e Netflix era algo longe de existir, acabou herdando alguns pontos da trama anterior. Sendo assim, sua estreia marcou média de 44 no ibope. Porém, o interesse do telespectador pela trama foi caindo. Com o resultado, o folhetim não só terminou amargando apenas 38 pontos como, também, foi o primeiro na história do horário nobre da TV Globo a não ultrapassar os 45 pontos de média.
O Dono do Mundo (1991)
Escrita por Gilberto Braga, a trama estreou em uma época na qual as novelas do horário batiam 50 pontos de audiência facilmente. Entretanto, acabou amargando a média de 43 pontos apenas, mesmo tendo uma forte história e com personagens que entraram para a galeria dos mais marcantes das telenovelas como, por exemplo, o Beija-Flor (Ângelo Antônio).