Novelas

Manuela do Monte fala sobre sucesso de "Chiquititas": "estou no céu"


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Fotos: Divulgação/SBT

Gaúcha de Santa Maria, Manuela do Monte tem apenas 30 anos e coleciona diversos trabalhos ao longo de mais de uma década de carreira artística.

Há dois anos, no entanto, ela enfrenta a experiência inédita de lidar com o público infantil em “Chiquititas”, do SBT, através da personagem Carol. Em meio ao intervalo das gravações, que estão em plena reta final, Manuela concedeu uma entrevista exclusiva ao NaTelinha sobre o atual momento de sua carreira e seus projetos.
 
A novela infantil, que está caminhando para a reta final nas gravações, simboliza a primeira vez de Manuela para muitas experiências. Foi a primeira vez que ela lidou com o público infantil, foi o seu primeiro trabalho fora da Globo e foi a primeira maratona enfrentada – já que “Chiquititas” se encerrará com aproximadamente 500 capítulos – o que equivale a praticamente três novelas das que costumava atuar na emissora carioca.

Ela, inclusive, consegue encontrar vantagens nessa rotina extensa: “temos tempo suficiente para errar, acertar, redescobrir e construir laços com a história e as personagens envolvidas”.
 
Manuela atualmente também está no ar na reprise de “Malhação”, que vai ao ar pelo Canal Viva desde o mês passado. Ela protagonizou a temporada 2003 ao lado de Sérgio Marone, hoje na Record e que será um dos destaques de “Dez Mandamentos”. “Vejo meu trabalho naquela época com muito carinho e claro que de lá pra cá cresci e amadureci muito”, avalia, ainda que tenha confessado não ter tido tempo para ver nenhum dos capítulos.
 
Ao longo da entrevista, a atriz também comenta a repercussão de "Chiquititas", como é vista pelas crianças e como é a sua relação com o elenco. “Vi nossas crianças crescerem, seus interesses mudarem, suas leituras amadurecerem, entre tantos outros aspectos”, constatou. Por fim, ela também comenta seus planos para após o término da novela, que segue no ar até julho ainda que suas gravações devam se encerrar dentro de poucos dias.

Confira na íntegra:

NaTelinha – “Chiquititas" recentemente chegou à marca de 400 capítulos, sendo uma das novelas mais longas da TV brasileira. Como encara essa maratona e a sua personagem, do capítulo de estreia até hoje, e das crianças do elenco?

Manuela do Monte -
Tenho encarado nossa rotina de gravações com muita leveza e concentração. Amo a Carol e tento sempre descobrir algo novo sobre ela para refrescar o trabalho. E apesar de ser trabalhoso encarar uma novela tão longa, temos tempo suficiente para errar, acertar, redescobrir e construir laços com a história e as personagens envolvidas.

Vi nossas crianças crescerem, seus interesses mudarem, suas leituras amadurecerem, entre tantos outros aspectos. Agora gravando as cenas finais, nos despedimos a cada momento e agradecemos por esses dois anos. Isso tudo acontece no olhar, nada é dito e é lindo de ver e de sentir.

NaTelinha - Como é o reconhecimento nas ruas pelo público infantil? Como os telespectadores se manifestam?

Manuela do Monte -
É muito emocionante, nunca experimentei antes uma abordagem tão sincera, amorosa e livre de vaidades. Os olhinhos brilham, algumas dão pulos de alegria e outras ficam paralisadas. Eles amam a novela e sempre têm muitas perguntas ou comentários sobre a trama. Querem saber como faço para cuidar de tantas crianças, querem visitar o orfanato, perguntam como é a comida do Chico (João Acaiabe), se a Carol vai ficar com o Junior (Guilherme Boury), onde eles estão quando a novela para de passar na televisão... é muito divertido.

Uma vez no supermercado uma criança me deu a mão e falou para mãe que iria com a Carol para o orfanato, ela estava muito certa dessa decisão. Eu a apertei e a beijei muito. Amo crianças, estou no céu!
 

NaTelinha - Existem planos para após o término das gravações de "Chiquititas"?

Manuela do Monte -
Sim, eu e a Carla Fioroni (que faz a Ernestina) estamos produzindo uma peça infantil. Chama-se "Histórias para o hora do Não", o texto foi escrito pela própria Carla, estaremos as duas em cena e teremos a direção do nosso querido João Acaiabe (que faz o Chico em Chiquititas). Já começamos a nos encontrar para ensaios e estamos muito animados em continuarmos trabalhando juntos, o que nos aproxima ainda mais desse público. Queremos viajar muito levando esse projeto e encontrando muitos sorrisos por aí.
 

NaTelinha - Como tem avaliado a experiência de protagonizar um projeto voltado para as crianças?

Manuela do Monte -
Acho uma experiência incrível, me sinto falando ao futuro. Amo poder me comunicar com eles através de uma personagem que traz à cena tantos valores importantes, como o respeito ao outro, o carinho, cuidado com os amigos, a valorização das diferenças e o amor ao próximo. Acredito que cada trabalho tem sua contribuição para o nosso repertório como artistas e por muitas vezes no âmbito pessoal.

A Carol me trouxe muita bagagem, pois a interação com esse público é permeada pelo sentimento mais puro que existe, o amor. Eu levo esse trabalho com muito carinho e espero poder continuar realizando outros projetos nesse sentido.

NaTelinha - As emissoras cada vez mais têm reduzido o espaço à programação infantil, que tem ganhado força na TV fechada. Como vê essa transição?

Manuela do Monte -
Há pouco tempo vimos outra emissora investir em uma novela para o público infantil, portanto acho que a televisão é movida pelo que lhe dá rentabilidade. Acho que essas transições são um processo natural, dinâmico e que continuará acontecendo. O que eu espero é que sendo em canais abertos ou fechados, invista-se cada vez mais nesse público da melhor maneira possível.
 

NaTelinha - Você também está no ar em "Malhação", no Canal Viva. Você tem assistido? Como foi interpretar a Luíza, que foi um dos maiores papéis de sua carreira? Como enxerga sua performance naquela época?

Manuela do Monte -
Não consegui ver nenhum capítulo ainda, infelizmente. A Luisa foi meu segundo trabalho na televisão e aprendi muito com ela, principalmente pelo volume tão grande de cenas por dia, pela responsabilidade de estar protagonizando um programa (experiência que já tinha vivido no cinema em "Manhã Transfigurada", ainda em Santa Maria - RS) e por estar fixando residência em uma cidade nova.

Vejo meu trabalho naquela época com muito carinho e claro que de lá pra cá cresci e amadureci muito. Sou dedicada e encaro meus personagens com muita sinceridade. 

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