Cena marcante

Alexandre Nero revela qual seu maior sonho em Vale Tudo

Alexandre Nero interpreta Marco Aurélio no remake de Vale Tudo


Alexandre Nero como Marco Aurélio
Alexandre Nero defende Marco Aurélio - Foto: Reprodução/Globoplay

Alexandre Nero, 55 anos, está de volta ao horário nobre da televisão como o inescrupuloso Marco Aurélio, no remake da novela Vale Tudo. O ator vive agora o desafio de dar vida a um dos maiores vilões da teledramaturgia brasileira. E não esconde qual é o seu maior desejo: interpretar a icônica cena do personagem dando uma “banana” para o Brasil.

“É um símbolo que marca a teledramaturgia brasileira. A primeira novela onde o ‘Brasil mostra a tua cara’ mesmo. Não só por isso, mas pela subversão da ideia de que ‘o bem sempre vence no final'", avisa ele em entrevista ao jornalista Ancelmo Góis, que ficou marcado por papéis importantes como o Comendador de Império (2014) e Romero Rômulo, de A Regra do Jogo (2015).

A sequência, originalmente exibida no último capítulo da versão de 1988 da novela, tornou-se um símbolo de crítica social e política. Na ocasião, Marco Aurélio, interpretado por Reginaldo Faria, foge do país em um jatinho e, em um gesto de deboche, se despede do Brasil com um gesto ofensivo. Para Nero, o momento é mais do que um desfecho narrativo: é um marco cultural.

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Alexandre Nero e os vilões

Apesar das semelhanças entre Marco Aurélio e o Comendador — ambos milionários e personagens centrais em suas respectivas tramas — Nero aponta diferenças importantes entre eles. Segundo o ator, o Comendador era um homem de hábitos simples e valores mais humanos, enquanto Marco Aurélio é movido pela ostentação e desprezo pelas classes sociais menos favorecidas.

“O Comendador, apesar de ser rico, era um homem de hábitos simples, nunca deu valor às etiquetas e, mesmo sendo um homem sofrido, não maltratava pessoas socialmente. Já Marco Aurélio é esnobe, ostenta e não se mistura com quem não lhe interessa socialmente ou financeiramente”, explica.

Repercussão nas redes sociais

Apesar de ser um vilão declarado, Marco Aurélio tem despertado reações curiosas nas redes sociais. Muitos telespectadores têm demonstrado simpatia pelo personagem e se entretido com suas armações. Para Nero, isso faz parte da natureza provocadora dos antagonistas na ficção.

“Minha hipótese é que o vilão pode bailar. Ir além, e com isso fazer com que o público se sinta livre para imaginar. E o vilão provoca os desejos mais primitivos, e isso nos afeta, para o bem e para o mal, e afetar é a base do entretenimento. Quer dizer, o Marco Aurélio real, ninguém compactua. Porém, com o Marco Aurélio da ficção é possível dar risada dos absurdos”, analisa.

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