Eita!

Após polêmica, Claudia Leitte e Ivete Sangalo deixam de se seguir nas redes sociais

Intérprete de Largadinho irritou a colega ao trocar Iemanjá por Yeshua na música Caranguejo


Claudia Leitte
Claudia Leitte e Ivete Sangalo deixaram de se seguir - Foto: Reprodução/Instagram/Montagem NaTelinha

Após alterar a letra da música Caranguejo, substituindo o verso "Saudando a rainha Iemanjá" por "Eu canto meu Rei Yeshua", termo que significa Jesus em hebraico, Claudia Leitte comprou uma briga com a nata do Axé Music.

Agora, os internautas descobriram que a ex-vocalista do Babado Novo e Ivete Sangalo pararam de se seguir no Instagram. Não é possível cravar de quem partiu a iniciativa, mas certamente tem a ver com o episódio de intolerância religiosa no qual Claudia Leitte acabou se envolvendo - o Ministério Público da Bahia, inclusive, instaurou um inquérito para apurar o caso.

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Tudo começou quando o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, passou um sermão histórico na loira diante de sua postura preconceituosa envolvendo um dos orixás mais cultuados pelas religiões de matriz africana, Iemanjá.

Nos comentários do post de Tourinho, nomes como Sangalo, Alinne Rosa e Tereza Cristina apoiaram o posicionamento do secretário e deixaram emojis de "palmas" para o gestor, se contrapondo a Leitte.

Confira:

Após polêmica, Claudia Leitte e Ivete Sangalo deixam de se seguir nas redes sociais

Além do Instagram, Ivete também deixou de seguir a colega no X/Twitter, ao contrário da intérprete de Largadinho, o que pode indicar que o festival de unfollow partiu da ex-Banda Eva. Nas redes sociais, internautas apoiaram a postura da esposa de Daniel Cady.

Desde o início da carreira de Claudia Leitte, a imprensa baiana sempre tratou de uma suposta rivalidade entre ela e Ivete Sangalo. Em várias entrevistas, ambas sempre fizeram questão de negar qualquer desavença, inclusive dando a entender que eram amigas.

O sermão do secretário em Claudia Leitte

Após polêmica, Claudia Leitte e Ivete Sangalo deixam de se seguir nas redes sociais

"Axé é uma palavra de origem yorubá, que tem um significado e um valor insubstituível na cultura e nos cultos de matriz africana. Deste mesmo lugar, e com essa mesma importância, vêm também os toques de percussão que sustentam, dão identidade e ritmo à chamada Axé Music", afirmou Pedro Tourinho.

"Sempre há tempo para refletir, entender, mudar e reparar, mesmo após os 40 anos. O papel da cultura negra no Axé Music, o protagonismo dos cantores brancos, com os negros na composição e na 'cozinha', são fatos que não podem ser contornados. Não é para se fazer caça às bruxas, mas sim fazer justiça e colocar tudo no seu devido lugar", destacou o secretário de Cultura e Turismo de Salvador.

"Homenagens ao Axé Music em 2025 têm de ser também afirmativas, trazendo os tambores para frente, os compositores para o alto. Têm de remunerar também de forma equivalente todas as cores. Têm de trazer a informação da origem daquela batida, falar de Dodô tanto quanto de Osmar. Celebrar aquele momento, trazendo luz a tudo e todos", disse.

No desabafo, Pedro Tourinho alfinetou Claudia Leitte e lembrou do fato de ela ter se tornado evangélica. "Quando um artista se diz parte desse movimento, saúda o povo negro e sua cultura, reverencia sua percussão e musicalidade, faz sucesso e ganha muito dinheiro com isso, mas, de repente, escolhe reescrever a história e retirar o nome de Orixás das músicas, não se engane: o nome disso é racismo, e é o surreal e explícito reforço do que houve de errado naquele tempo", detonou.

"Se é para celebrar os 40 anos do Axé Music, que seja para celebrar com respeito, fortalecendo seu fundamento, ajustando desequilíbrios, valorizando sua verdade, avançar caminhando pela frente. Não podemos admitir desrespeito, apropriação e retrocesso, novamente", pediu Tourinho.

"A celebração dos 40 anos do Axé Music é muito bem vinda, é necessária e pertinente. Contudo, ela não pode vir sem também trazer junto algum pensamento crítico. Importante botar as coisas no seu devido lugar antes de começar o oba oba. Temos a oportunidade de seguir em frente, corrigir percursos, fazendo o melhor e o justo. Viva o Axé", afirmou.

"Essa questão que levantei é muito mais sobre o todo do que sobre a parte, e maior e mais endêmica do que qualquer caso isolado. Sei que perde-se controle, mas a intenção não é alimentar hate contra ninguém, e sim puxar a discussão como um todo sobre a necessidade de saber o que é axé e reconhecer toda a história. Fechei comentários porque a discussão estava indo na direção errada", concluiu o gestor.

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