Cirurgião plástico Dr. Laertes Thomaz Junior explica para quem é indicada uma segunda cirurgia no nariz
Publicado em 24/10/2022 às 14:33,
atualizado em 24/10/2022 às 14:36
A rinoplastia, ou cirurgia plástica de nariz, é um dos procedimentos mais realizados por cirurgiões plásticos no Brasil. Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês), 87.879 rinoplastias foram feitas no Brasil em 2020. O país foi o líder em cirurgias do tipo, ficando à frente de Turquia e Estados Unidos.
A busca pela correção do nariz pode acontecer por inúmeras razões, que vão desde as estéticas até as de saúde, mas o que fazer quando o resultado não sai como o esperado e é necessário fazer uma outra intervenção? Nesses casos, o indicado é uma rinoplastia secundária ou revisional.
“Rinoplastia secundária ou rinoplastia revisional é o nome que se dá ao procedimento cirúrgico realizado em um nariz previamente operado. Sempre recomendo esse tipo de cirurgia a pessoas que não tiveram suas expectativas atingidas, seja na parte estética quanto na funcional [respiração]”, explica Dr. Laertes Thomaz Junior, membro da Sociedade Brasileira e Americana de Cirurgia Plástica e especialista em cirurgia facial e de nariz.
De acordo com o cirurgião, antes de reoperar um paciente, é essencial compreender suas necessidades, objetivos e a situação atual para entender se é preciso fazer uma rinoplastia secundária ou apenas um procedimento menor de refinamento.
“De forma geral, dizemos que os refinamentos são pequenos procedimentos feitos no nariz operado para melhorar o resultado obtido. Já a rinoplastia secundária - ou revisional – é uma nova cirurgia.
A necessidade de uma rinoplastia revisional acontece quando o(a) paciente busca uma mudança grande em relação ao que se encontra após a cirurgia anterior. Isso pode acontecer devido a inúmeras razões, que vão desde fatores relacionados ao próprio paciente, profissional com formação não especializada até falhas no pós-operatório.
A rinoplastia pode mudar diversos aspectos do nariz, incluindo seu tamanho, a largura do dorso nasal, o perfil, a ponta do nariz, além de corrigir narinas grandes, largas ou arrebitadas, assimetria e desvio nasal.
Em geral, as taxas de reoperação variam em cerca de 10%. Esses valores são normais, visto que há riscos maiores quando se busca um profissional que não é especialista no assunto. Isso porque a rinoplastia é um dos procedimentos mais desafiadores da cirurgia plástica”, complementa o Dr. Laertes Thomaz Junior.
Pacientes descontentes com o resultado de uma rinoplastia devem, segundo o especialista, aguardar seis meses antes de considerarem uma nova intervenção. Há, no entanto, médicos que recomendam até um ano de espera.
“Esse tempo deve ser respeitado, pois ainda existe um processo inflamatório agindo e intervenções podem ter um resultado inesperado”, diz Laertes, complementando que muitas rinoplastias secundárias exigem o uso de cartilagem de costela para redesenhar o nariz e sua estrutura – algo que deve ser avaliado pelo cirurgião, de acordo com as necessidades do(a) paciente.
Pauta produzida e enviada por Assessoria de Imprensa Oficial
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