Obrigado, Silvio!

E o Silvio Santos lá-lálálálálálá-lálálálá-lálálálálá...

Morto aos 93 anos, dono do SBT deixa enorme legado e muita saudade


Silvio Santos
Silvio Santos tornou-se imortal aos 93 anos - Foto: Divulgação/SBT
Por João Paulo Dell Santo

Publicado em 18/08/2024 às 13:00,
atualizado em 18/08/2024 às 13:08

Morreu Senor Abravanel, o homem.

Imortalizou-se Silvio Santos, o mito.

A partida do apresentador e empresário estabeleceu algumas certezas.

Silvio veio para contrariar a máxima que ninguém é eterno. Ele é.

Falaram de Silvio Santos em 1960.

Falamos em 2024.

E falarão em 2140.

O Homem do Baú conseguiu algo que é digno de poucos.

Superou as barreiras do tempo.

Rompeu os ritos.

Fixou o presente contínuo.

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Ao sair de cena, de fininho, em setembro 2022, reforçou a sua genialidade.

Deixou no ar a possibilidade de voltar.

Nunca confirmou a desconfiança de aposentadoria.

Recolheu-se, deixando um gostinho de quero mais.

E como queríamos.

Trocou o palco pelo sofá.

Passou a se divertir com séries da Netflix e filmes antigos.

E a rever edições clássicas do Programa Silvio Santos.

Trocou o figurino de comunicador, o maior de todos os tempos, pelo de pai, avô e marido.

Surgiu bem disposto em 12 de dezembro de 2023, seu aniversário de 93 anos.

Agradeceu a festa promovida por fãs na porta de sua casa.

Prometeu voltar, contou piadas, esbanjou simpatia.

Nos últimos meses, optou pela reclusão dos espetaculares.

Evitou o dia a dia do SBT. Afastou-se completamente dos negócios.

Tomou a forma de humano.

Ao ser internado, primeiro em julho e depois no início de agosto, optou pela discrição. Como sempre.

A seu pedido, a família evitou qualquer estardalhaço em torno do seu estado de saúde.

Há anos, definiu como seria a sua despedida. Sem holofotes. Sem algazarra, o que seria impossível de evitar.

Mas a comoção foi impossível.

Nas ruas, o seu público chora.

Nas redes sociais, famosos, emissoras de TV, políticos, entidades e times de futebol prestam as suas reverências.

Colegas de trabalho sentem a sua falta.

Conseguiu, como último ato, criar a Rede Silvio Santos de Televisão, tanto em TV aberta, como na fechada, na internet e até na imprensa internacional.

Foi enterrado em um domingo. O seu dia. Ironia das ironias.

E com muita alegria e celebração. Como ele queria e merecia.

Foi destacado pelo faro formidável de revelar talentos, que logo se tornaram os seus pupilos e cresceram à sua semelhança.

E também pela sensibilidade de entender o seu público. Como poucos.

De ser ouvido em todas as tribos.

Sua majestade encantou. Até na morte.

Fundamentou marcas e prosperou clássicos.

Deixou como legado um canal que é a cara do Brasil.

E aqui ficam os melhores votos para o SBT.

E todo afeto e um abraço caloroso em Cíntia, Silvia, Daniela, Patrícia, Rebeca, Renata e dona Íris.

A obra de Silvio Santos se confunde com a História da TV brasileira.

É, certamente, um dos 5 personagens mais importantes em quase 74 anos do veículo no Brasil.

Que o encontro com Dercy, Hebe, Gugu, Jô e tantos outros tenha sido à base de muitas gargalhadas.

Ao Senor Abravanel, o merecido descanso.

Ao mito, que desfrute da imortalidade.

Porque ontem, hoje e sempre, Silvio Santos é coisa nossa!

Obrigado!

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