Publicado em 13/09/2024 às 13:05:00
O mais poderoso dos executivos da Globo durante quase quatro décadas, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, 88, abriu o jogo sobre os detalhes de sua gestão como vice-presidente de Operações da emissora da família Marinho, quando o emblemático "padrão Globo de qualidade" foi criado.
Em entrevista ao canal de Cesar Filho no YouTube, Boni fez uma revelação curiosa a respeito do que ele considera o seu maior fracasso enquanto comandante da Globo - o pai de Boninho se notabilizou pelo pulso firme nas decisões e pelas broncas homéricas que distribuía aos subordinados através de memorandos.
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"Uma coisa que fiz e não gostei foi a novela Espelho Mágico. Foi um fracasso total, mas eu fui o culpado porque eu aprovei", declarou Boni no papo com Cesar Filho no podcast Boa Noite, Brasil, citando a novela escrita por Lauro César Muniz e dirigida por Daniel Filho.
"Agora a experiência de fracassar é fundamental porque o sucesso só se faz com o fracasso. O que depende são as quantidades de erros e acertos: quando os acertos são maiores, os erros entram em contribuição", completou o ex-chefão da Globo. Espelho Mágico (1977) reuniu Tarcísio Meira (1935-2021), Glória Menezes, Juca de Oliveira, Vera Fischer, Sônia Braga, Yoná Magalhães (1935-2015) e Tony Ramos nos papéis principais.
No papo, Boni também falou do orgulho que sente do Jornal Nacional, que completou no início deste mês 55 anos no ar. "O que melhor fizemos foi investimento muito grande no jornalismo. Acho que não há nada mais importante na televisão brasileira do que o Jornal Nacional, que eu ajudei a fazer, escolhi o horário para ser exibido e coloquei no meio de duas novelas", disse.
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Recentemente, em meio ao lançamento do seu mais novo livro, O Lado B de Boni, o executivo virou notícia ao admitir que a novela Que Rei Sou Eu? (1989) ajudou na eleição de Fernando Collor de Mello à Presidência da República.
"Desde 1975, o Cassiano Gabus Mendes vinha insistindo para que a Globo produzisse um humorístico de capa e espada no horário das sete da noite. No início, pensei que ele queria mesmo fazer uma aventura, no estilo O Capitão Blood, com o Errol Flynn. Eu nunca toparia. Mas ele me explicou que seria um humorístico, uma sátira ao regime brasileiro", contou Boni.
Após a censura à primeira versão de Roque Santeiro, em 1975, a ideia foi vetada. "Em 1985, com a queda das exigências de censura prévia, nós tivemos finalmente a oportunidade de produzir a novela do Dias Gomes (1922-1999). Assim que Roque Santeiro foi ao ar, liguei para o Cassiano: 'agora podemos ir com o Que Rei Sou Eu?'", relatou.
"Pensei em um rap para a abertura, então eu mesmo escrevi a letra do Rap do Rei. Eu e o Hans Donner pensamos imediatamente nas imagens lembrando a Revolução Francesa", confidenciou o executivo.
"O Cassiano criou a expressão 'marajás' para os ricaços corruptos da novela, e não se sabe de fato, mas parece que foi da novela que o Fernando Collor tirou a expressão de sua campanha 'caça aos marajás'. O fato é que, mesmo sem qualquer intenção, a novela do Cassiano acabou ajudando o candidato", admitiu Boni.
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