Publicado em 06/08/2024 às 10:33:00,
atualizado em 28/08/2024 às 14:45:37
Um dos destaques da Olimpíada de Paris na Globo, Marcelo Courrege viralizou nas redes sociais dias atrás após protagonizar momentos de pura emoção com os atletas brasileiros do judô, nos quais chegou a chorar e abraçá-los.
Em entrevista à coluna Play, do jornal O Globo, o repórter revelou que ficou surpreso com a repercussão da cena. "Fico um pouco desconcertado, porque pensando racionalmente, não é o papel do repórter se emocionar nesse nível com um atleta olímpico em um momento em que o foco total deve estar nele. Mas algumas coisas a gente não controla", disse.
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"No caso da Mayra Aguiar, eu a acompanhei desde o início da carreira e me lembro de entrevistá-la com 16 anos, na preparação para o Pan do Rio. Acompanhei vários momentos da carreira dela e sei o tamanho dela para o judô. Então, ali foi muito espontâneo dizer para ela o que eu queria dizer. Aí ela se emocionou, me pediu um abraço e eu dei. A Rafaela Silva também, porque a vi ainda no projeto do Flávio Canto, juvenil", revelou Marcelo Courrege.
O repórter também deu um abraço em Rochele Nunes, brasileira naturalizada portuguesa. "Neste caso, foi mais a entrevista em si que se tornou emocionante e ela pediu um abraço de consolo porque vem de uma situação muito difícil. Ela é gaúcha, perdeu um irmão há pouco tempo e viu a mãe perder a casa nas enchentes do Rio Grande do Sul", afirmou.
"São atletas com carreiras de 10, 15, 20 anos no esporte, que se dedicam diariamente. O judô ainda é cruel porque se decide tudo em um dia, o fracasso ou o sucesso", analisou Marcelo.
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Entre os momentos mais marcantes, Marcelo Courrege citou a conquista da medalha de ouro pela judoca Bia Souza. "A emoção da Bia Souza foi espetacular. Realmente, eu até esperava que ela fosse pegar uma medalha, porque durante esse ciclo fez competições fantásticas. Mas o ouro, na França, derrotando na semifinal a judoca da casa, número 1 do ranking, em sua primeira Olimpíada, realmente me surpreendeu", admitiu.
"Vamos nos lembrar para sempre dessa história, porque ela chegou com tudo e conquistou um ouro que o Brasil só tinha conquistado quatro vezes na história. É o esporte que deu mais medalhas ao Brasil, com 28 no total em Jogos Olímpicos, mas essa é apenas a quinta de ouro. Então minha função ali é dimensionar isso para o público, esticar o microfone e ver o que ela vai responder", falou.
"A ausência da família aqui foi uma decisão que ela tomou para se concentrar apenas na participação olímpica. Então a primeira coisa que ela gostaria de ver, certamente, era a família. A produtora Lorena Dillon fez aquela ligação e proporcionou isso a ela. A gente viu aquela emoção acontecendo ali. Eu vou me lembrar para sempre dessa medalha", concluiu Courrege.
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