Publicado em 16/01/2023 às 10:31:00,
atualizado em 16/01/2023 às 10:35:55
O Fantástico exibiu nesse domingo (15) cenas inéditas dos atos golpistas que tomaram Brasília em 8 de janeiro. As imagens revelam os rostos de muitos dos vândalos, apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que invadiram e depredaram as sedes dos três poderes. Os detalhes foram narrados por Poliana Abritta no jornalístico da Globo.
As imagens foram obtidas pelo Fantástico com exclusividade. “No mezanino, com uma barra de metal, um vândalo começa a perfurar uma obra de arte criada 60 anos atrás. São sete golpes no quadro do grande pintor brasileiro Di Cavalcanti”, narrou Poliana Abritta. A Globo também exibiu entrevistas com especialistas e herdeiros dos artistas.
Os registros capturados pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostram a chegada de diversos invasores às 16h. “No salão nobre, um homem sorridente parece fazer uma chamada de vídeo, transmitindo o horror ao vivo. Ainda no salão nobre, um homem com um rosto encapuzado sai com uma barra de metal. Já este homem aproveita para carregar o celular”, detalhou Poliana.
A jornalista foi em frente na narração: “Não satisfeito só com uma bandeira, este aqui, na parte debaixo do vídeo, carrega um mastro. Quase 16h10, os golpistas continuam para lá e para cá livremente. Este aqui deu uma parada. A pochete dele tem um ornamento sinistro: um pequeno soco inglês”.
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A reportagem detalhou uma sucessão de crimes cometidos no local. “No salão nobre, outro homem resolveu descansar. Instantes depois, esse daí aparece fazendo selfie. Ele sai, o homem da bolsa se torna mais um para pegar carona na eletricidade do Palácio. Enquanto ele fala ao telefone, aparece um invasor oferecendo água mineral aos colegas que estão no térreo. No meio da anarquia, outro invasor usa um carrinho para levar o que não é dele.”
Houve ainda cenas da atuação da polícia. “De repente, um corre-corre. Áreas do Palácio do Planalto vão ficando vazias, mas bem aos poucos. Depois da correria que você acabou de ver, ainda tem muita gente na sede do Executivo. Quase 17h, o andar térreo continua ocupado. Dá tempo de fazer selfie no meio da multidão e disparar extintor de incêndio.”
As imagens terminam às 17h14 daquele dia. “Cadeiras e objetos são arremessados, em meio a clarões e fumaça daquele domingo tenebroso”, finaliza Poliana na locução das cenas.
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