Publicado em 15/06/2018 às 10:24:54
Em 1998, contrariando os interesses da Globo, SBT, Band e Manchete, a Record TV só transmitiu os jogos da Copa do Mundo na França após vencer uma batalha judicial um mês antes de iniciar as partidas.
A emissora quase perdeu o direito de exibir as partidas do Mundial, após deixar de pagar a anuidade à OTI (Organização da Televisão Ibero-Americana), entidade sem fins lucrativos que detinha os direitos de transmissão para três Copas, entre 90 e 98, que foram adquiridos em 1987 com a ISL (International Sports Leisure).
Entre as décadas de 70 e 90, a OTI repassava através de um rateio de cotas, os direitos da competição da FIFA às emissoras latino-americanos filiadas. No Brasil, a Record era sócia da OTI, junto com a Globo, SBT, Band e Manchete. Porém, como estava sendo vendida para a Igreja Universal durante a transição do negócio, deixou de quitar duas anuidades, entre os anos de 90 e 91. Dívida que naquele ano girava em torno de 50 mil dólares, segundo reportagem da Folha de S. Paulo na época.
Quando estava com seu financeiro recuperado, em 1992, a diretoria da Record TV quitou sua dívida com a OTI e exigiu seu direito de transmissão do Mundial na França. Mas tendo como justificativa os atrasos na anuidade, Globo, SBT, Band e Manchete exigiram que a organização vetasse o canal de exibir a Copa de 98.
Sem saída, em março de 1997, a Record TV precisou recorrer à Justiça para assegurar seus direitos. O resultado veio no ano seguinte: o Tribunal de Justiça de São Paulo tomou decisão favorável à emissora de Edir Macedo. Em maio daquele ano, um mês antes de começar o Mundial na França, a Justiça mexicana respaldou o tribunal brasileiro. A OTI é sediada no México.
Com todos esse contratempos, e com apenas um mês para negociar com o mercado, a Record TV precisou reduzir os valores de suas cotas de patrocínio em torno de 60% para viabilizar o evento.
Porém, ainda existia um entrave. Para possuir o direitos de transmitir a Copa de 98, além da anuidade, cada emissora brasileira precisava pagar US$ 1,5 milhão à Organização da Televisão Ibero-Americana. Mas para garantir a saída da Record TV do evento, as quatro emissoras dividiram entre elas a parte designada ao canal da Igreja Universal, que, por sua vez, teve como solução pagar sua parte da cota em juízo.
A Copa de 1998 foi o última com esse modelo de dividir os direitos de transmissão entre as cinco emissoras brasileiras via OTI.
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No fim daquele ano, com a respaldo da FIFA, a Globo assinou um contrato milionário direto com a ISL, empresa de marketing esportivo, pela exclusividade dos Mundiais de 2002 e 2006 para TV aberta, rádio, TV fechada e internet. Nos anos seguintes, o acordo foi renovado e a emissora sublicencia os direitos para outros canais interessados.
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