Publicado em 13/05/2019 às 16:40:27
13 de maio de 1994. Nesta data, ia ao ar o último capítulo da segunda maior audiência dos anos 90 no horário das 18h da Globo. "Sonho Meu" foi a última novela solo com assinatura de Marcílio Moraes na rede carioca e se tornou um fenômeno do horário.
Protagonizada por Patrícia França e Leonardo Vieira, a trama tinha como vilão um jovem Fábio Assunção que era aposta da obra para se tornar um dos galãs da Globo. Com supervisão de texto de Lauro César Muniz, a novela teve que realizar mudanças radicais por conta de protestos.
É que a protagonista se relacionou tanto com o mocinho quanto com o vilão, mas antes disso era casada com Geraldo (José de Abreu) e, ao ficar com o personagem de Leonardo Vieira, ela passou a ser acusada por parte de público e crítica como bígama. Lauro César então decidiu que o autor e seus colaboradores deveriam modificar a sinopse e fazer com que a personagem fosse acusada de bigamia na história.
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Mesmo com esses percalços, "Sonho Meu" foi um fenômeno de audiência. Recebendo em alta pela maior audiência da história do horário, "Mulheres de Areia", o folhetim terminou com 44 pontos de média, número que a colocou como a segunda melhor média daquela década e uma das melhores de todos os tempos.
A trama contou ainda com a participação de nomes como Beatriz Segall, Elias Gleizer, Débora Duarte e Nívea Maria. No último capítulo, o cantor José Augusto fez uma participação especial ao lado de Xuxa. É que a dupla era responsável pela música de abertura da trama.
Entre sua equipe de roteiristas, além do próprio Marcílio e de Lauro César Muniz, a roteirista Maria Adelaide Amaral fez parte do grupo como colaboradora. O primeiro trabalho dela como autora na Globo foi em 1997 no remake de "Anjo Mau".
Mesmo com o sucesso, essa foi a última novela solo de Marcílio Moraes na Globo. Ele dividiu a co-autoria do sucesso "Roda de Fogo" (1986) com o próprio Lauro César Muniz que acabou ganhando todos os louros pelo sucesso da trama, o que estremeceu a relação deles, e também assinou "Mico Preto" (1990), dividindo o posto com Euclydes Marinho e Leonor Basséres.
Marcílio acabou conquistando fama na Record. Na emissora da Barra Funda, ele escreveu obras que se tornaram icônicas como "Vidas Opostas" (2006) e "Essas Mulheres" (2005). Sua última novela na emissora foi "Ribeirão do Tempo" (2010).
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