Publicado em 25/01/2017 às 14:44:36
Certamente uma das atrizes mais importantes da teledramaturgia brasileira, Vera Holtz é considerada atualmente a alma de "A Lei do Amor", novela das 21h da Globo que bateu recorde de audiência nesta terça-feira (24), com 31 pontos de média, justamente quando sua vilã Magnólia teve seu envolvimento com Ciro (Thiago Lacerda) desmascarado na frente de todos.
Suas maldades são as que mais repercutem e as que mais geram comentários nas ruas. Por uma visão estranha de "família", a personagem parece fazer tudo. Mas Vera a defende, diz que tenta humanizar e que é bem parcial para falar dela.
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Em entrevista exclusiva concedida ao NaTelinha, a atriz de 63 anos comenta como foi a preparação para o papel, seu grau de envolvimento com os autores da novela e diz como gostaria que fosse o final para Magnólia.
Para ela, ficar com Tião Bezerra, interpretado por José Mayer, seria o ideal. "Os dois foram marcados por esse amor que deixou cicatrizes no corpo de um e na alma de outro.", afirma.
Confira a entrevista na íntegra:
Vera Holtz - Nós começamos a trabalhar antes da novela ir ao ar e bem antes de começarmos a gravar. E especificamente nessa novela, trabalhamos com o Eduardo Milewicz, um preparador Argentino. Na primeira fase da novela, ele fez uma equalização entre os atores que fizeram os personagens na primeira e segunda fase.
Fizemos um trabalho de conhecer um ao outro, de sensibilização como atores, e isso trouxe uma familiaridade com o colega de trabalho e nos possibilitou dar um passo muito grande.Você entra no estúdio já conhecendo o humor, os comportamentos e a disponibilidade de cada ator.
NaTelinha - A trama teve algumas mudanças desde a estreia, por causa da audiência. Seu papel não mudou tanto, muito por que ele era bem aceito. O público gosta mais das vilãs do que das mocinhas?
Vera Holtz - Acho que cada personagem tem seus encantos.
NaTelinha - Nos últimos anos você fez personagens fortes como a Dona Redonda em "Saramandaia" e a Mãe Lucinda de "Avenida Brasil". O quão é gostoso para você ter estes papéis mais fortes, com nuances intensas nas mãos?
Vera Holtz - Eu trabalho com a humanidade e busco humanizar todos os personagens que faço e os aproximo do público desta forma. E o público se identifica de alguma forma, ou não, e se reconhece, ou não, nos personagens. A identificação vem através dessa humanização.
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Vera Holtz - Ela é uma mulher amargurada, que se sente vítima de tudo de “bom” que fez para sua família e amigos. Ela tem uma visão meio distorcida, mas não sou muito boa para falar de Magnólia sem ser parcial (risos).
NaTelinha - Qual sua relação com Maria Adelaide Amaral e o Vincent Villari? As mudanças afetaram o dia a dia de alguma forma?
Vera Holtz - Adoro os autores. Somos amigos há muitos anos.
NaTelinha - Para encerrar, como você projeta o fim de sua personagem na novela?
Vera Holtz - Não tenho ideia do que vai acontecer, mas gostaria que ela terminasse com o Tião. Os dois foram marcados por esse amor que deixou cicatrizes no corpo de um e na alma de outro.