Publicado em 04/11/2024 às 21:03:00
Aos 63 anos e diagnosticada com lúpus há 15, Astrid Fontenelle aprendeu a conviver com a doença, que está em processo de remissão há bom tempo. Apesar disso, a apresentadora não se descuida um minuto sequer do tratamento.
"Tenho uma condição de saúde que me deteriora, mas tenho excelentes médicos para controlar isso. E não finjo que não vejo os sinais que o corpo me dá. Tenho que ficar monitorando o tempo todo. É apenas o cuidado que todo mundo deveria ter e fica adiando", disse a artista em entrevista à revista Veja SP.
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Fora do Saia Justa depois de 11 anos, Astrid Fontenelle no momento se dedica ao elogiado Chegadas e Partidas e a um novo projeto que estreou no GNT, o Admiráveis Conselheiras, no qual conversa com mulheres acima dos 50 anos.
"Estava há 11 anos no Saia Justa, não esperava por aquilo [a saída]. E aí você fala 'tudo bem', porque na mesma conversa recebi uma proposta para criar um novo programa. Graças a Deus, isso aconteceu comigo com 60 e tantos anos. Tive a maturidade de me recolher, de terminar o meu contrato. Tive mais umas quatro, cinco semanas pra frente de trabalho, e ninguém sabia", contou a famosa.
"São entrevistas com mulheres que não têm vergonha de assumir sua idade. Me coloco à disposição no combate ao etarismo. Virei a musa desse combate e faço questão de levantar essa bandeira", explicou Astrid, que está feliz com o projeto.
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Em recente entrevista ao Conversa com Bial, Astrid Fontenelle reconheceu que sua vida melhorou com a maturidade. "Com 20, 30 anos, não sabia de nada", disse. "Não paro na vaga de idoso toda hora, não. Só quando está perrengue para estacionar, porque é melhor parar longe para andar", brincou.
"Nunca mexi no meu corpo e nem na minha cara. Quando fiquei velha, o cabelo branco veio. Do alto do meu privilégio, é claro que tenho algum dinheiro. Talvez não para ter o padrão de vida que tenho hoje, mas tudo bem mudar", pontuou.
Ainda no papo com Pedro Bial, Astrid reconheceu que, na juventude, tinha uma visão estereotipada das mulheres na faixa dos 40. "Hoje uso terninho, acho chique, lindo, maravilhoso. Mas, achava que uma senhora envelheceria quando colocasse terninho. Isso aos 30 anos. Aos 40, vi que a parada ficou mais legal, principalmente os relacionamentos amorosos e sexuais, porque com 20, 30 anos, não sabia nada. Só tinha vontade", lembrou.
"Se a mulher transa quando é jovem, está errada; se espera casar virgem, hoje é: 'Que absurdo'; se casou com um único cara, 'não namorou outro'; se aos 40 anos resolve pintar e bordar, virou piranha ou; velha virou a velha sacana. É o julgamento! O problema todo está no outro e não em mim, para tudo nessa vida. As pessoas estão muito reclamonas do outro", concluiu Fontenelle.
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