Grande perda

Popó lamenta a morte de Maguila: "Foi a minha referência"

Boxeador baiano se pronunciou sobre o falecimento de uma das maiores lendas do boxe brasileiro

Popó lamentou a morte de Maguila - Foto: Reprodução/Instagram/Montagem NaTelinha
Por João Paulo Dell Santo

Publicado em 24/10/2024 às 21:20:00

Acelino Freitas, o Popó, lamentou a morte de José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, que faleceu nesta quinta-feira (24), em São Paulo, aos 66 anos, em decorrência da ETC (Encefalopatia Traumática Crônica), doença causada por golpes repetitivos na cabeça.

"Para mim sempre foi uma referência de superação. Ele foi um sergipano que me deu muita esperança de um pobre e nordestino pode sim!", disse Popó, triste com a perda, em entrevista à revista Quem.

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"Maguila uma vez lutou com o cinturão do Mundo Hispano em um canal de TV. Eu estava começando no boxe e assistindo pela TV em casa. Lembro que falei: 'Um dia vou ter esse cinturão'. Um cinturão vermelho, do Mundo Hispano. O primeiro cinturão que disputei como profissional foi do Mundo Hispano. Maguila sempre foi a minha referência", afirmou o baiano.

"Meu irmão, descanse em paz. O Brasil e o boxe te amam muito. Obrigada por tudo o que você fez pelo boxe", finalizou atleta.

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Maguila morre aos 66 anos

José Adilson Rodrigues dos Santos, o Maguila, nasceu em 11 de julho de 1958, em Aracaju (SE). Influenciado por Éder Jofre e Muhammad Ali, mudou-se para São Paulo a fim de ingressar nas lutas. Apesar das dificuldades no início, tornou-se um campeão peso-pesado.

Maguila se transformou em um dos principais nomes da história do boxe no Brasil. Em 17 anos de carreira, acumulou 85 lutas, com 77 vitórias, sendo 61 por nocaute. Houve ainda sete derrotas e um empate técnico. Enfrentou nomes como Evander Holyfield e George Foreman. O ex-boxeador se aposentou dos ringues em 2000. 

Em 2013, Maguila foi diagnosticado com encefalopatia traumática crônica. Também conhecida como demência pugilística, a doença é neurodegenerativa e irreversível, causada por golpes na cabeça. A mesma condição também acometeu outros nomes do esporte.

O ex-atleta havia sido diagnosticado em 2010 com o Mal de Alzheimer, doença progressiva que destrói funções cerebrais. Após consentimento da família, o ex-boxeador concordou, em 2018, em doar o cérebro para pesquisa após sua morte.



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