Publicado em 09/05/2024 às 15:46:00,
atualizado em 09/05/2024 às 15:48:28
Gaúcho de Porto Alegre, Werner Schünemann, de 65 anos, também foi afetado pela catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul - a Defesa Civil atualizou o número de mortos para 107; há outras 136 pessoas desaparecidas.
Em entrevista à revista Quem, o ator revelou que ficou dois dias sem energia elétrica e continua sem o abastecimento de água. "Triste é uma palavra delicada para falar da situação, que é trágica e catastrófica", desabafou Werner Schünemann.
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"A energia elétrica voltou, mas a água, não. Só vamos precisar deixar a casa se tivermos problemas sérios com a água, porque, quando terminar a água da rua, ainda dá para usar a da piscina para fazer algumas coisas, como limpeza e até banho se não tiver muito cloro. Mas foi muito desconforto nos dias que ficamos sem água e sem luz, comecei a me sentir como se não devesse estar aqui", explicou o artista.
"Cheguei no supermercado na hora que chegou um caminhão com água. Nunca tinha visto aquilo, um tumulto. Cada um ganhou um fardo de água com seis garrafas e é isso que temos no momento", relembrou Werner, que lamentou o cenário de guerra.
"Nós descuidamos do país, descuidamos do planeta e não levamos em consideração o que os cientistas estavam avisando. Boto isso na conta da nossa irresponsabilidade, da nossa leviandade coletiva com o planeta", argumentou.
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"Nos próximos meses, a paisagem vai ter mudado com destruição, com árvores levadas pelo barro, com animais mortos. Isso tudo vai fazer parte de uma nova paisagem e, certamente, vai ser muito chocante, vai ser uma baita mudança de paisagem, e eu acho que o Rio Grande do Sul um estado tão bonito, é muito triste tudo isso", lamentou Werner Schünemann.
O ator aproveitou para falar da importância das doações nesse momento. "A solidariedade é a nossa grande arma e força. A gente deve continuar com ela agora nas próximas semanas, porque nesse momento temos muita emoção, mas essa emoção vai passando e depois, daqui a duas ou três semanas, a solidariedade, essa união, vai continuar sendo necessária. Então, é um apelo que eu faço, não vamos abandonar a bondade", pediu.
"O ser humano tem monstros dentro de si, mas de repente ele dá amostras de uma coisa muito bonita que é essa solidariedade, essa a bondade. Considero bondade revolucionária, ser bom é revolucionário", concluiu Schünemann.
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