“Sou noveleira desde os tempos de O Direito de Nascer. Compor por encomenda é mais fácil. Já se tem um briefing do mote para delirar em cima.”
Publicado em 09/05/2023 às 14:30:00,
atualizado em 09/05/2023 às 19:54:36
“Noveleira desde os tempos de O Direito de Nascer”, Rita Lee foi a artista que mais vezes apareceu em trilhas sonoras da TV. Ao NaTelinha, o jornalista Guilherme Bryan revela trechos inéditos da entrevista que fez com a Rainha do Rock para o segundo volume do livro Teletema, ainda não publicado, que resgata a história da música brasileira através da teledramaturgia.
“Perdemos mais um grande nome da música brasileira, uma das figuras mais importantes da nossa cultura. Uma pessoa que fez o rock deixar de ter ‘cara de bandido’ e se popularizar no Brasil. Foi uma figura de proa desde o início do movimento tropicalista até os últimos dias de sua vida”, comenta Guilherme Bryan.
O jornalista lembra que a artista despontou após uma aparição na televisão. Com Os Mutantes, foi descoberta por Gilberto Gil no programa de Ronnie Von. Veio ali o convite para participar da apresentação do cantor baiano de Domingo no Parque, no Festival da Canção de 1967, dando início à carreira vitoriosa do grupo.
“Desde então, Rita Lee se tornou muito presente nos meios de comunicação”, aponta Guilherme, que destaca os especiais da Globo com shows da cantora e também sua ilustre presença no programa Saia Justa, do GNT. Ela fez participação especial, como atriz, em títulos como Top Model (1989) e Vamp (1991), além de aparições como ela mesma, como em Celebridade (2003).
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A presença em trilhas de novela foi um capítulo à parte na trajetória da artista. A primeira canção a embalar uma trama na TV não poderia ser mais emblemática: Sucesso, Aqui Vou Eu, escolhida para A Próxima Atração (1970), da Globo. Rapidamente, ela despontou com a artista que mais vezes apareceu em trilhas de novelas e também em temas de abertura, sem contar as regravações de suas letras por outros intérpretes.
Entre as mais marcantes, estão Flagra, em Final Feliz, de 1982, e Sassaricando, marchinha que entrou na novela de mesmo nome, exibida em 1987. Em algumas ocasiões, a música era feita sob encomenda – como Dona Doida, que embalou Zazá (1997). Em entrevista ao livro Teletema Vol. 2, escrito por Guilherme Bryan em parceria com Vincent Villarri, a cantora comentou:
“Sou noveleira desde os tempos de O Direito de Nascer. Compor por encomenda é mais fácil. Já se tem um briefing do mote para delirar em cima.”
Rita Lee para o livro Teletema Vol. 2continua depois da publicidade
Outra canção marcante em novelas foi Vítima, uma das parcerias com o marido Roberto de Carvalho, no disco lançado pela dupla em 1985. Dez anos depois, foi tema de abertura de A Próxima Vítima (1995). Também em trecho exclusivo do livro de Guilherme Bryan, a Rainha do Rock relembrou como a canção combinou com a novela, voltada para o suspense:
“Essa música é cinematográfica, filme noir, hitchcockiana. Foi uma surpresa agradabilíssima a terem escolhido.”
Rita Lee para o livro Teletema Vol. 2
Para Bryan, a melhor maneira de homenagear Rita Lee é escutar suas canções. “Sem ela, a música brasileira não teria a mínima graça. Ela fez toda diferença e trouxe sarcasmo, bom humor, crítica e contestação, ao mesmo tempo em que foi uma figura muito querida, carinhosa e divertida. Essa é a imagem que fica para sempre.”
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