Com Alzheimer, ex-Frenética vive no Retiro dos Artistas: "sou feliz aqui"

Edyr de Castro em cena na novela Cabocla, da Globo - Foto: Divulgação
Por Diego Falcão

Publicado em 17/03/2015 às 11:30:16

Edyr de Castro fez muito sucesso no Brasil nas décadas de 70 e 80 no grupo As Frenéticas. Em 2011, a artista trocou a casa em que morava com a mãe, em Jacarepaguá, no Rio, para ficar ao lado dos amigos no Retiro dos Artistas. 

Ela também ja atuou em novelas, como "Cabocla", da Globo, "Poder Paralelo" e "Amor e Intrigas", da Record.

Em entrevista ao jornal Extra desta terça-feira (17), Edyr de Castro falou sobre sua rotina e as dificuldades que passa por conta do Mal de Alzheimer. Ela recebeu no ano passado o diagnóstico da doença em um grau elevado.

Aos 68 anos, ela afirmou: "Sou feliz aqui. Estou em paz comigo mesma". Edyr tem dificuldades nos movimentos e na fala, além de fazer uso de medicação controlada que toma três vezes ao dia. Ela, que já fez a alegria do asilo se apresentando em festas, hoje pouco conversa e se expressa com dificuldade.

"Minha filha é psicóloga, meu orgulho", disse, ao falar de Joy, sua filha única. Ela procurou a administração do abrigo há quatro anos, alegando que não podia cuidar da mãe pois precisava trabalhar fora. "A casa foi toda equipada pela filha que vem visitá-la e trazer remédios", disse o administrador Hênio Lousa. A casa em que a ex-Frenética mora é uma das maiores do abrigo, com dois quartos, cozinha e banheiro.

Edyr passa o dia assistindo a DVDs de palestras sobre espiritismo e cantarolando. Ela não dorme na casa sozinha e todas as noites é transferida para o ambulatório. A artista faz sessões de fisioterapia três vezes por semana, além de ser acompanhada por um psiquiatra e um cardiologista.

Sobre as companheiras do grupo, a cuidadora Katya Yamanda revelou: "Elas mandam mensagens diariamente através do WhatsApp, e cada dia é uma reação diferente. Ela ouve e se emociona. Outro dia, ela não reconheceu um amigo aqui do Retiro, e ela mesma disse: 'acho que estou com Alzheimer'. Antes, ela andava muito, almoçava no refeitório, mas agora é mais difícil".

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