Análise

Assim como Irene de "A Força do Querer", relembre outras “falsas” das novelas de Glória Perez

Além de obsessiva, como Irene, já teve psicopata, golpista e invejosa

Reprodução/TV Globo e João Miguel Júnior/TV Globo
Por Redação NT

Publicado em 28/05/2017 às 10:58:52

Irritando o público de casa com sua obsessão e perseguição, temos em “A Força do Querer” a vilã Irene, vivida por Débora Falabella. Diferente da maioria das vilãs da Glória Perez, que sempre costumam ter um “pé” na realidade, Irene é puro veneno e lembra outras três figuras marcantes das novelas da autora.

Irene não hesita em encurralar Eugênio (Dan Stulbach). Segundo o que se divulga, já matou seu antigo marido, quando atendia pela alcunha de Solange Lima, e trouxe desse seu passado mórbido sua “amiga” Mira (Maria Clara Spinelli), infiltrando esta na empresa do seu objeto de desejo para o próximo golpe.

Situação que lembra muito a Yvone (Letícia Sabatella), de “Caminho das Índias” (2009). Mas diferente da golpista fatal, a “Vilone” - como era chamada pela turma do “Casseta & Planeta” - era, de fato, uma psicopata. Servindo de alerta social por parte da autora para os perigos que as verdadeiras “mentes perversas” oferecem.

Destruiu a vida de Raul (Alexandre Borges), induzindo-o a simular sua morte e depois lhe abandonando num hotel em Dubai, algemado, só de cueca na cama e sem nenhum tostão. No final, Yvone foi presa, mas fugiu da cadeia após enganar mais outro, o carcereiro Miguel (Duda Ribeiro, já falecido).

Yvone foi um dos grandes momentos da Letícia Sabatella na TV, que até então só fazia mocinhas doces ou sofridas. A dobradinha com Mike (Odilon Wagner), parceiro de golpes, rendeu bons momentos. A psicopata, também, inaugurou a modalidade “vilã saco de pancadas” - no terço final da história, inúmeros personagens, cansados de seu cinismo e de suas armações, desceram a mão na bandida.

Melissa (Christiane Torloni) abriu a safra de “taca pedra na Yvone”, aplicando uma surra numa sala de massagens. Depois, foi a vez de Sílvia (Débora Bloch) descer a mão por duas vezes na megera - uma no banheiro de uma rodoviária, para evitar a fuga da estelionarária; a outra, na delegacia, após Yvone ser detida pela Polícia Federal. Por fim, até Raul entrou no rodízio de sopapos: primeiro no hotel em que a vilã estava, no primeiro reencontro dos dois. Nos últimos capítulos, avançando contra seu pescoço na delegacia durante uma acareação.

Sem psicopatia - só mau-caratismo mesmo, temos a Alicinha (Cristiana Oliveira), de “O Clone” (2001). Lá, a bandida chegou de mansinho, por meio de sua tia Edna (Nívea Maria) à clínica de Albieri (Juca de Oliveira)... e começou sua saga de golpes. Primeiro fazendo pequenas intrigas na clínica. Depois, partindo pra cima de Escobar (Marcos Frota), que, cego de amor, passou pro seu nome carro e até mesmo o apartamento, para desespero de Clarisse (Cissa Guimarães) e Nando (Thiago Fragoso).

Escobar se viu sem nada depois da passagem avassaladora de Alicinha em sua vida. E a arrivista não parou por aí: passou a mirar em Rogê (Jayme Periard) - novo amor de Clarisse, que chegou a trocar tapas com a bandida no banheiro de um bar - e depois em Leônidas (Reginaldo Faria), neste último fracassando, já que a esposa do empresário, a ciumenta Yvete (Vera Fischer) sentiu de longe as verdadeiras intenções de Alicinha e botou logo para correr. O final de Alicinha foi ser perseguida por Aurélio (Humberto Martins), seu ex-marido disposto para acertar, literalmente, as contas bancárias.

Por fim, tem Eugênia (Françoise Forton), de “Explode Coração” (1995). Mas esta não foi lá uma bandida, psicopata ou golpista. Era só falsa mesmo, fazendo-se de amiga para sua prima Vera (Maria Luísa Mendonça), mas de olho no marido dela, Júlio (Edson Celulari). Quando se separaram, não hesitou em atrapalhar o romance do homem com a cigana Dara (Tereza Seiblitz). Na reta final, se arrependeu de tudo que fez e resolveu ajudar Júlio a reatar com a cigana, seu verdadeiro amor, bem como limpar a imagem dele, arranhada por denúncias de corrupção.

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