Levantamento

Sem mexicanas e com Tá Na Hora, SBT vê sua audiência virar pó em todo o país

Apresentado por Marcão do Povo e Márcia Dantas, jornalístico tem ficado atrás de Globo, Record e Band

Márcia Dantas e Marcão do Povo apresentam o Tá Na Hora - Foto: Divulgação/SBT
Por João Paulo Dell Santo

Publicado em 22/05/2024 às 11:50:00,
atualizado em 22/05/2024 às 14:16:28

Idealizado para fazer frente ao Cidade Alerta, da Record, e ao Brasil Urgente, da Band, a exemplo de outras tentativas frustradas, como a segunda versão do Aqui Agora, o SBT Notícias e o Boletim de Ocorrências, o Tá Na Hora transformou em pó a audiência do SBT, que já não era muito alta, em poucas semanas no ar.

Dados obtidos pela reportagem do NaTelinha mostram o estrago provocado pela troca das novelas mexicanas pelo jornalístico atualmente comandado por Marcão do Povo e Márcia Dantas - que entrou no lugar de Christina Rocha após menos de um mês da estreia. Tanto em São Paulo, quanto em outras praças importantes do PNT (Painel Nacional de Televisão), o programa perdeu público e o entregou de bandeja para a concorrência - a Globo, com Alma Gêmea e No Rancho Fundo, foi a mais beneficiada.

+ Theresa Fonseca revela pânico durante viagem para a Espanha: "Reza pelo amor de Deus"

+ Carla Diaz surpreende Giovanna Ewbank ao revelar crush em Bruno Gagliasso: "Ele foi?"

Em um recorte de 45 dias antes (de 15 de janeiro a 15 de março) e depois (de 18 de março a 17 de maio) da estreia do Tá na Hora, o SBT perdeu 35% de audiência na média nacional, das 17h30 às 19h45, passando de 3,9 para 2,5 pontos. No PNT, cada ponto equivale a 253 mil domicílios.

Com o Tá Na Hora, o canal de Silvio Santos também escolheu 32% em São Paulo (de 4,1 para 2,8), 35% no Rio de Janeiro (de 3,2 para 2,1), 39% em Belo Horizonte (de 4,1 para 2,5), 48% em Salvador (de 3,6 para 1,9), 54% em Recife (de 5,0 para 2,3), 20% em Curitiba (de 3,6 para 2,9), 40% no Distrito Federal (de 3,0 para 1,8), 58% em Goiânia (de 7,1 para 3,0), 55% em Campinas (de 2,4 para 1,1), 44% em Belém (de 2,5 para 1,4) e 13% em Vitória (de 3,9 para 3,4).

As exceções foram Porto Alegre, que cresceu 47% (de 1,1 para 1,6), e Manaus, com acréscimo de 3% (de 2,0 para 2,1).

VEJA TAMBÉM

Tá Na Hora local tem menos audiência que versão nacional em algumas praças

Uma das justificativas utilizadas pela direção do SBT para lançar o Tá Na Hora foi para atender a uma demanda das afiliadas, que há tempos clamavam por uma faixa maior nos fins de tarde para aumentar o seu faturamento.

Se o dinheiro, de fato, passou a entrar com mais facilidade no caixa das parceiras, principalmente em um momento tão difícil para o segmento do audiovisual, o mesmo não se pode dizer da audiência. A faixa local, o Tá Na Hora Praça, das 18h30 às 19h45, tem menos público que a edição nacional (17h30/18h30) em algumas capitais.

No RJ, no intervalo de 18 de março a 17 de maio, o Tá Na Hora Rio teve 2,1 pontos, ante 2,2 da parte apresentada por Marcão do Povo e Márcia Dantas. A queda, entre a transição das edições, também foi observada com o Tá Na Hora Minas (de 2,6 para 2,3), Tá Na Hora DF (de 1,9 para 1,7), Tá na Hora Goiás (de 3,1 para 2,9) e Tá Na Hora Manaus (de 2,1 para 2,0).

As exceções, nesse recorte, foram o Tá Na Hora Paraná, que manteve 2,9 pontos nas duas faixas, e Tá Na Hora Rio Grande, que foi de 1,5 para 1,7 ponto.

Apesar dos resultados aquém do esperado - as novelas da Globo dispararam, a Record consolidou o segundo lugar e a Band tomou a terceira colocação -, o SBT não pensa, data hoje, em tirar o produto do ar.

Nas redes sociais, os fãs das novelas mexicanas, que oscilavam entre 4 e 5 pontos com picos de 6, são os que mais fazem barulho. Reclamam, sobretudo, da falta de atenção reservada aos dramalhões da Televisa, hoje abrigados no horário das 14h30 às 16h30. 

TAGS:
NOTÍCIAS RELACIONADAS
MAIS NOTÍCIAS