Globo dribla contrato de Marcos Mion e faz merchan da concorrente dentro do Caldeirão
Globo contorna contrato de Mion com Mercado Livre e insere Shopee no Caldeirão via Sterblitch e Welder
Publicado em 05/10/2025 às 11:00,
atualizado em 05/10/2025 às 11:16
Globo driblou o contrato de exclusividade de Marcos Mion com uma marketplace e encontrou uma solução criativa para faturar no último sábado (04): inseriu a concorrente da empresa dentro do Caldeirão. Como não podia usar a imagem do apresentador, a emissora escalou os atores e humoristas Eduardo Sterblitch e Welder Rodrigues para fazer o merchandising.
Marcos Mion, que desde junho é garoto propaganda do Mercado Livre, tem um contrato de exclusividade com a empresa, o que o impede de participar de qualquer ativação envolvendo concorrentes diretos.
Mesmo com o Mercado Livre como um dos patrocinadores do programa, a emissora negociou uma ação de merchandising especial com a Shopee, que garantiu sete minutos de exposição no ar.
Para não ter conflito contratual, Eduardo Sterblitch e Welder Rodrigues ficaram como porta-vozes da campanha, mantendo o formato de branded content sem comprometer a imagem do apresentador.
Como o mercado avalia a ação no Caldeirão com Mion
Profissionais ouvidos pelo NaTelinha explicam que a estratégia curiosa é vista como uma entrega mitigada, prática comum quando há conflitos de exclusividade entre talentos e marcas.
A emissora preserva o compromisso com o patrocinador principal, enquanto abre espaço para monetizar outras oportunidades comerciais. A substituição do talento por outros rostos do elenco é uma solução legítima, desde que respeite os limites contratuais e mantenha a coerência editorial.


Além disso, especialistas apontam que esse tipo de ação exige alinhamento jurídico e sensibilidade criativa, já que envolve múltiplos interesses, da emissora, dos anunciantes e do público.
A propaganda da Shopee no Caldeirão evidencia uma tendência crescente no mercado: a flexibilização das brand integrations - como a Globo tem feito em Vale Tudo.
Em vez de seguir formatos rígidos, as marcas têm apostado em conteúdos adaptáveis, capazes de contornar restrições contratuais sem comprometer o impacto comercial das campanhas.