Não é estreante
Guilherme Cabral está dando vida ao personagem de maior destaque de sua carreira: o Rudá de Travessia. Só que a novela da Globo está longe de ser a primeira experiência do ator de 18 anos na TV.
Em entrevista ao NaTelinha, o ator de 18 anos estudou assexualidade para viver o personagem na novela da Globo. Saiba mais sobre ele
Autor: Walter Felix
Guilherme Cabral está dando vida ao personagem de maior destaque de sua carreira: o Rudá de Travessia. Só que a novela da Globo está longe de ser a primeira experiência do ator de 18 anos na TV.
Com quatro trabalhos na emissora no currículo, ele detalha sua trajetória até aqui e fala sobre a experiência de maior repercussão.
Nascido em Niterói (RJ), Guilherme Cabral está no último ano escolar e pretende estudar Cinema na Universidade Federal Fluminense.
Aos 12 anos, ele passou em seu primeiro teste e deu vida ao personagem Gabriel na novela Pega Pega (2017). Aos 13, fez o primeiro comercial. No ano seguinte, o primeiro filme: Nas Ondas da Fé, que ainda não estreou.
Depois, em 2019, vieram participações nas novelas Verão 90 e Amor de Mãe, da Globo, e na série Dom, do Prime Video.
O primeiro papel fixo foi Dominique, filho de Luísa (Mariana Ximenes) em Nos Tempos do Imperador (2020).
Já o Rudá de Travessia o leva para o horário nobre com uma grande importância na trama principal da novela. Ele é o culpado pela deepfake que mudou o destino da protagonista Brisa, vivida por Lucy Alves.
O ator garante ser mais responsável que seu personagem. “A novela alerta sobre o perigo por trás de montagens irresponsáveis, como foram as edições do Rudá.”
Com o padrasto Moretti, papel de Rodrigo Lombardi, Rudá também vive um grande conflito. O empresário tenta arranjar namoradas para o enteado e se incomoda com o fato de ele não se interessar por outras garotas.
O personagem é assexual, ou seja, não sente atração sexual nem por homens nem por mulheres. Para a abordagem em Travessia, o jovem ator estudou o tema.
“Ouvi relatos e entrevistas de muitos assexuais, contando sobre a própria vida, suas relações com as pessoas, amigos, familiares, sobre quando se descobriram, como são tratados socialmente hoje em dia e como foram a infância e a adolescência deles.”
Guilherme pertence a uma geração de mente mais aberta, mas a intolerância ainda persiste, segundo ele. “Certamente a minha geração é bem menos preconceituosa do que as anteriores, mas é inegável que exista discriminação entre os jovens hoje em dia”, avalia.
“O Brasil é um país muito conservador e, atrelado a isso, há um preconceito bem forte enraizado em muitas famílias.”
“Porém, o meu dever, mesmo não pertencendo a este grupo, é sempre estar atento, oferecendo apoio e aprendendo cada dia mais sobre as questões LGBTQIA+.”
Leia a íntegra da entrevista de Guilherme Cabral, o Rudá de Travessia, ao NaTelinha.
Data de publicação: 01/12/2022