Sem lógica

Além de Vale Tudo: Relembre cinco finais de novelas das 21h que frustraram o público

Desfecho do remake reacendeu histórico de encerramentos criticados por espectadores da faixa nobre da Globo


Novelas
Muitas novelas foram criticadas após a exibição do seu último capítulo - Foto: Montagem

O remake de Vale Tudo, exibido pela Globo em 2025, encerrou-se sob forte reação negativa do público. O último capítulo, exibido na última sexta-feira (17), revelou Marco Aurélio (Alexandre Nero) como o autor do disparo contra Odete Roitman (Débora Bloch), mas reverteu o impacto do crime ao mostrar a vilã viva, em fuga, sem explicações coerentes para sua sobrevivência. A decisão de manter a personagem ativa provocou críticas à autora Manuela Dias e reabriu o debate sobre finais de novelas das 21h que decepcionaram os espectadores.

Freitas de Vale Tudo, Luis Lobianco muda o visual após gravações

Ao longo das últimas duas décadas, diversas produções do horário enfrentaram reações semelhantes, em especial pelos desfechos considerados abruptos, contraditórios ou sem amarração com a trajetória dos personagens.

Relembre:

Fina Estampa

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Em 2011, Fina Estampa, escrita por Aguinaldo Silva, manteve altos índices de audiência, mas encontrou resistência do público em seu último mês. As cenas finais mostraram a vilã Tereza Cristina, interpretada por Christiane Torloni, reaparecendo após ser dada como morta, enquanto a protagonista Griselda (Lilia Cabral) corria atrás dela com uma chave de fenda. O desfecho foi alvo de reclamações e interpretado como uma quebra do tom construído ao longo da trama.

Em Família

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Três anos depois, Em Família (2014), última novela de Manoel Carlos, também registrou forte rejeição ao capítulo final. O assassinato de Laerte (Gabriel Braga Nunes) foi atribuído a um personagem secundário, frustrando a expectativa do público de que o crime fosse cometido por uma das mulheres centrais da história. O destino da personagem Helena, interpretada por Bruna Marquezine, foi igualmente criticado por falta de desenvolvimento narrativo.

Babilônia

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Em 2015, Babilônia, de Gilberto Braga, enfrentou problemas de bastidores que influenciaram diretamente no resultado final. O autor, já em situação de saúde delicada, teve sua obra modificada por decisões de produção. O último capítulo exibiu um encerramento sem unidade, reflexo das mudanças que alteraram o planejamento original e afastaram a audiência.

Segundo Sol

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Três anos depois, Segundo Sol (2018), de João Emanuel Carneiro, repetiu o padrão de sucesso inicial seguido por desaprovação no desfecho. A morte da personagem Carola (Deborah Secco), a ausência de punição para a vilã Laureta (Adriana Esteves) e a cena final foram amplamente questionadas. A repercussão negativa destacou a dificuldade de manter a coerência dramática em longas tramas do horário nobre.

América

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O histórico inclui ainda América (2005), de Glória Perez, lembrada pela expectativa não atendida de exibir o primeiro beijo entre dois homens na televisão brasileira. A cena, filmada entre Bruno Gagliasso e Erom Cordeiro, foi cortada pela direção da emissora. A decisão gerou frustração entre espectadores e membros da equipe, e a autora confirmou posteriormente que a sequência havia sido escrita para o desfecho original.

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