Polêmica

Vale Tudo: A cena racista de Odete Roitman que desmente autora na escolha de Bella Campos

Manuela Dias tentou justificar escalação


Montagem de fotos de Manuela Dias e Bella Campos, ambas sérias
Manuela Dias defendeu a escalação de Bella Campos para Vale Tudo - Divulgação/TV Globo

Uma cena da versão original de Vale Tudo (1988) desmente uma declaração dada por Manuela Dias, autora do remake que estreia na Globo no próximo dia 31 de março. A escritora tentou justificar a escolha de Bella Campos para o papel de Maria de Fátima afirmando que a vilã da trama é mais ambiciosa e pragmática do que racista, e por isso não se importaria em ter uma nora negra.

Uma sequência do folhetim, porém, mostra o quão preconceituosa era Odete Roitman, interpretada originalmente por Beatriz Segall. Vivida por Gloria Pires, Maria de Fátima dizia à antagonista que a admirava por morar no exterior e só pisar no Brasil quando era necessário.

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A jovem mostrou que também achava o país "tupiniquim" demais e julgou as pessoas que se diziam saudosas do Brasil quando estavam longe. Em resposta, a dona do Grupo Almeida Roitman disparou: "Isto é banzo, minha filha. Coisa de índio e negro".

Na história de Gilberto Braga (1945-2021), a vilã ambiciosa era mestre quando o assunto envolvia manipulação e falta de escrúpulos. Viúva e dona de uma frieza impressionante, a ricaça fazia de tudo para conseguir o que queria.

Vale Tudo: O que Manuela Dias disse sobre escalação de Bella Campos

Quando foi divulgada a escalação de Bella Campos para o papel de Maria de Fátima no remake de Vale Tudo, muitos comentários negativos surgiram, já que a vilã racista Odete Roitman não iria permitir o casamento de seu filho com uma mulher negra.

Em conversa com a imprensa, Manuela Dias afirmou que a ambição e o pragmatismo da antagonista, que agora ficará a cargo de Débora Bloch, eram características mais fortes que o racismo e o machismo. "Eu defendo que a Odete Roitman é pragmática e conectada com o que funciona para ela. E isso é maior que tudo para ela", comentou a autora.

Para a novelista, a viúva pouco se importaria com a cor de pele da nora, desde que ela atendesse seus interesses e objetivos pessoais: "Para Odete, serve quem está a serviço dela para executar a agenda dela. Então, a Maria de Fátima é perfeita para isso".

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