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Regina Volpato festeja três meses à frente do "Mulheres" e vitórias sobre a Band: "Inimaginável"

Diretor Ocimar de Castro destaca trabalho em equipe para manter programa diário com quatro horas


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Divulgação/TV Gazeta

Às vésperas de completar três meses sob o comando de Regina Volpato, o novo "Mulheres" vem atravessando uma boa fase de audiência e repercussão.

Mesmo com a troca de apresentadoras - a saída de Cátia Fonseca após 15 anos e a vinda de Regina Volpato -, o programa não se abalou e viu seus índices crescerem mesmo com a chegada de um novo concorrente.

Em vários momentos, a atração chega a bater o "Melhor da Tarde", da antiga apresentadora, ainda que em uma emissora maior e com mais infra-estrutura. "Pra gente foi inimaginável", disse Regina, sentindo-se surpresa com os resultados.

Nesta segunda-feira (02), o NaTelinha acompanhou a edição ao vivo do "Mulheres", na sede da TV Gazeta, em São Paulo, e conversou com Volpato e seu diretor, Ocimar de Castro, que teve passagens pelo "Hoje em Dia", da Record TV, "Olha Você", do SBT, e programas da Fox Life.

A dupla, muito bem entrosada, comentou sobre a mudança de apresentadores, recepção do público, números de audiência e o comportamento do público de modo geral.

Confira:

Regina Volpato festeja três meses à frente do \"Mulheres\" e vitórias sobre a Band: \"Inimaginável\"

Regina, qual é o saldo que você faz após três meses à frente do "Mulheres", tanto da sua percepção como do que vem recebendo do público?

Regina Volpato - Do público, eu acho que foi positiva! No começo houve uma expectativa, porque a Cátia ficou aqui muitos anos. Uma excelente apresentadora, muito querida e admirada. Mas ela foi se dedicar a novos desafios e a casa precisava preencher este espaço. Me colocaram. Eu não estava esperando, a casa também não. Aconteceu. Havia uma expectativa, um desafio, eu queria fazer direito, mas precisaria de tempo. Hoje eu estou mais segura, acostumada com o tempo, tenho uma sintonia maravilhosa com o Ocimar... Eu não sabia o nome das pessoas. Hoje eu já sei, já sei o jeito... Eu me sinto muito confortável. Me sinto feliz desde o primeiro dia. O público foi entendendo esta mudança. Muda apresentador e muda tudo. Se a Ana Maria for fazer o Faustão, o público vai estranhar. Mas estamos no trilho.

Qual foi a janela de tempo entre o dia que você foi anunciada para o "Mulheres" para o dia em que começou a gravar?

Regina Volpato - Eu fui convidada pra fazer um mês de férias em outubro. Era pra fazer um mês de férias. Quando eu comecei, a Cátia já tinha se desligado. E o combinado era que eu seria avaliada. Ninguém sabia. E é um produto que não permite muito erro. E eu ia me experimentar. Eu saia exausta. Hoje estou acostumada. Quanto a notícia foi para a imprensa, o Ocimar e eu soubemos à tarde e, no mesmo dia, o Flávio Ricco deu a notícia (6 de fevereiro).

E como é fazer um programa de quatro horas de segunda a sexta mas mantê-lo relevante e interessante para o telespectador, ainda mais com a exigência dos tempos de hoje?

Regina Volpato - Mérito dele (Ocimar)!

Ocimar de Castro - Mérito da equipe. Quem vê pensa que eu tenho 50 pessoas... Mas é uma equipe muito pequena. Eles (produção) são muito entrosados. Eu tenho pauta pra daqui mais de uma semana. No início, era complicado, mas agora não. Tem dia que a gente tem tanta pauta que não sabe se vai dar. Essa preocupação eu nunca tive. No "Hoje em Dia" era essa pauleira, no "Olha Você" também... Você se acostuma. A Regina teve que se acostumar porque veio de outro tipo de programa. Na RedeTV! eram duas horas. Aqui são quatro, é complicado. Eu já cheguei a fazer seis horas de "Hoje em Dia". Agora são duas, é mole (risos). Tem que gostar. Eu gosto. Pra mim é uma diversão. Tem estresse como em qualquer tipo de trabalho, mas eu fico de férias 15 dias e já sinto falta.

Regina Volpato festeja três meses à frente do \"Mulheres\" e vitórias sobre a Band: \"Inimaginável\"

O "Mulheres" tem 38 anos, uma longa história na TV. Como é a responsabilidade de estar à frente de uma marca tão forte e com tanta tradição?

Regina Volpato - Eu falei disso com o Ocimar e com a Marinês (superintendente da Gazeta) quando eu assumi por um mês. Eu disse que ia fazer parte da minha história e que eu queria fazer bonito. Mas era mais pesado quando pensava que era um mês do que agora. Agora eu faço parte da equipe. A gente não fica com isso na cabeça, mas a gente tem a missão de renovar, de trazer pautas interessantes para a mulher moderna, sem esquecer destes 38 anos. E tem a missão do Ocimar, que é não descaracterizar o programa. É mérito mais da direção. Eu sou a ponta da lança. Me compete apresentar bem tudo o que foi produzido. A minha responsabilidade fora daqui é muito grande. Eu sou apresentadora do "Mulheres", não posso sair por aí dando vexame.

Você tem alguma referência do "Mulheres"?

Regina Volpato - Eu lembro do "Mulheres em Desfile" (primeiro formato do programa), lembro das parceirinhas (dupla de Claudete Troiano e Ione Borges). Lembro do Clodovil...É um programa que faz parte da história de quem mora em São Paulo e de quem gosta de televisão. É uma responsabilidade muito grande. Hoje foi maravilhoso. Mas amanhã zerou. Começa de novo. Depois de amanhã, zerou. Cada dia é um dia.

Ocimar de Castro - Nem todos os dias os programas vão bem. Quando vai bem, a gente conversa. Quando vai mal, a gente reflete e fica a lição. E a gente vem em uma curva crescente, graças a Deus.

É fácil identificar o que o telespectador vai gostar levando em conta a bagagem que vocês dois têm de televisão?

Ocimar de Castro - Depende. Tem pauta que a gente acha que não vai dar e surpreende. As pautas te enganam. E aquela que você acha que vai bombar e não bomba. Nosso público varia muito em quatro horas. O público das 14h às 15h não é o mesmo do final. O público oscila, nem sempre vê o programa todo.

Como vocês vêm atuando junto às redes sociais? O público do "Mulheres" tem essa aderência?

Regina Volpato - Super! Hoje respondi perguntas que vieram das redes sociais. É um público que fala, que critica, que sugere pautas, que participa. E a gente tá de olho nessa interação.

Ocimar de Castro - Na praia eu converso com o público. Eu interajo. Quando não concordo, falo também. Eu trago algumas, convido as pessoas pra verem o programa, etc.

Quando a Cátia saiu, estava com baixa quantidade de merchans. Hoje estamos arrebentando

Ocimar de Castro, diretor

As redes sociais não eram tão fortes na época do "Casos de Família" (Regina) ou do "Hoje em Dia" (Ocimar). Elas têm mais ajudado ou atrapalhado vocês?

Ocimar de Castro - Só ajudado! Hoje eu olho mais as redes que o Ibope. Eu não falo que o Ibope tá errado, mas você enxerga mais. Muitas coisas que você tá vendo nas redes, não batem com o Ibope.

A Gazeta é uma emissora de alcance nacional mas posicionada com o público de São Paulo. Como vocês trabalham o resto do país?

Ocimar de Castro - A gente chega no Nordeste e em boa parte do Brasil. Com o desligamento do sinal analógico, agora é necessária a compra do conversor, mas a gente recebe mensagem de lugares que nem sabíamos que recebia Gazeta. Recebemos muitas mensagens do Rio de Janeiro... A gente não tá 100% no Brasil, mas 75%, 80%, estamos. Muita gente vê pela internet também.

O "Mulheres" começou em uma época em que a mulher passava mais tempo dentro de casa. Ela foi trabalhar fora, mas de certa forma voltou e acumula as funções do lar - ou mesmo de trabalho em casa - com a carreira. Como isso impacta na hora de definir a linha editorial do programa?

Ocimar de Castro - Hoje existem muitas variáveis. Teve momentos que a gente desprezava um pouco os jovens, como na época do começo do "Hoje em Dia". Mas não dá mais pra fazer isso. Já colocamos pauta de internet, pautas indicadas pra todos os nichos. Temos que tomar cuidado, porque as pessoas se manifestam nas redes.

Regina Volpato - É um balé. Vamos equilibrando tudo.

E como as mulheres têm se manifestado?

Regina Volpato - Só elogios, só elogios! É todo mundo elogiando, que demos uma cara nova pro programa. Foi um pacote de mudanças. Novo cenário, nova estratégia do Ocimar, que trabalha mais solto. Toda uma transformação que resultou em um programa de 38 anos rejuvenescido e o público recebeu isso muito bem.

Essa troca deixou vocês com medo?

Ocimar de Castro - Preocupa, preocupa! A Cátia mandava muito bem. A Regina foi a minha única opção. Eu não pensei em outra pessoa. O que poderia rolar era a Regiane (Tápias) voltar. Quando chamei a Regina, eu pensei "é ela". Pensei "vou falar lá em cima, com a Marinês". Mas a Regina deu certo. A Regina me lembrava o "Casos de Família", formato fechado, uma hora e vir pra uma pauleira dessas. Mas eu apostei. Joguei minhas fichas! E não me arrependi mesmo! Cada dia eu me surpreendo mais.

Regina Volpato - Foram 15 anos de Cátia Fonseca. Ela não só fazia, mas fazia muito bem feito.

Regina, você acompanha o minuto a minuto do Ibope?

Regina Volpato - Só depois! Tem estratégia, tem hora de break, de chamar pauta, de encerrar, mas não acompanho no dia-dia.

Regina Volpato festeja três meses à frente do \"Mulheres\" e vitórias sobre a Band: \"Inimaginável\"

Como vocês avaliam a curva de audiência?

Ocimar de Castro - Você tem que avaliar que dezembro é um mês muito difícil de Ibope. Janeiro pra TV, pra todas, até Globo, é ruim. Inclusive há reprises. E ainda não tinha o outro programa (o "Melhor da Tarde"). Quando a Cátia saiu, estava com baixa quantidade de merchans. Hoje estamos arrebentando. Foram 14. Amanhã tem 16. Hoje a Regina tá dando Ibope. Quem quer fazer merchan quer Ibope.

Como foi para vocês ter a concorrência com o "Melhor da Tarde", que tende a se misturar muitas vezes nas pautas?

Regina Volpato - Então, não se mistura! A gente achou isso. A gente não trouxe médium! Não tem previsão! A gente não vai descaracterizar o "Mulheres". E a audiência não é o foco principal da Gazeta. É a qualidade. Isso nos dá um lastro pra trabalhar mirando a qualidade, a satisfação do nosso público! E a gente sabe o nosso tamanho. A gente tá fazendo um trabalho bonito e com relevância. Dá orgulho de falar que a gente faz o "Mulheres". Eu não sabia que eu tinha esse repertório!

Ocimar de Castro - Eu não apelo. Se você ver desde o primeiro programa, não apelamos em nada. Eu tenho liberdade pra fazer o que eu quiser. Ninguém ia me censurar. Mas por que vou descaracterizar? Tenho um nome a zelar. E a Band não tem que olhar pra mim. Tem que olhar mais pra cima.

E vocês muitas vezes têm batido o "Melhor da Tarde".

Regina Volpato - O que pra gente foi inimaginável!

Ocimar de Castro - E eu repito: ninguém tem que vir atrás de mim. A gente faz quietinho. A gente não faz alarde.

E quanto ao seu canal no YouTube, Regina? Pretende voltar a apostar nele?

Regina Volpato - Eu tô sem produzir por falta de tempo, mas em abril eu retorno. Muitos comentários diários. E o canal tá ali pra sempre, tem conteúdo, mas eu preciso voltar porque quero, gosto e porque os inscritos me cobram. O que faço lá é muito diferente do que eu faço aqui. A Regina do YouTube não é do "Mulheres". São propostas diferentes. No YouTube, cabe uma reflexão mais profunda, uma entrevista em outro ritmo, apesar de que profundidade não depende de tempo. No YouTube você não tem preocupação com tempo, que é diferente da TV, que tem um protocolo, que tem que ter um respiro.

Durante alguns anos, as emissoras deixaram de vender programas femininos e passaram a empacotá-los como revistas eletrônicas - e agora os femininos voltaram a ganhar força, com o "Melhor da Tarde", o novo "Mulheres" e o próximo lançamento da Band, o "Superpoderosas". O que vocês acham disso?

Ocimar de Castro - É tudo mesma coisa! Eu não tenho problema nenhum em falar de programa feminino. A primeira revista não foi o "Hoje em Dia". Foi o "TV Mulher". Aí veio a revista ("Hoje em Dia"), eu lembro quando foi criado, mas não deixava de ser. Tem tudo que tem aqui. Pauta médica, desfile, jornalismo. E aqui a Regina poderia fazer, mas tem tanta carga sobre ela que não tem nada a ver ela fazer. Pra mim é tudo igual. Eu trabalhei no México e no Chile. Todos revistas, femininos.

Regina Volpato - A gente tem que fazer um bom programa!

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