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Os cinco piores seriados de super-heróis que já passaram na TV aberta

NaTelinha relembra os piores heróis que passaram pela nossa telinha


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Machineman é um dos piores heróis da TV
Por Redação NT

Publicado em 18/11/2015 às 11:03,
atualizado em 13/05/2021 às 10:55

 

Quem nunca foi fã de super-herói no cinema ou na TV, que atire a primeira pedra. Atrações como "SuperMan", "Batman", "Homem-Aranha", "Lanterna Verde" e até "Aquaman" povoam ou povoaram nossa mente em algum momento de nossas vidas.
 
Porém, nem sempre séries de super-heróis dão certo. Algumas, na verdade, são um verdadeiro fiasco e caem no esquecimento não muito tempo depois de irem ao ar. Pior: elas eram tão toscas, tão ruins e tão mal-feitos, que é capaz de você sentir vergonha alheia nos dias de hoje - e de ontem também, se você assistia só para dar risadas involuntárias.
 
Por isso, o NaTelinha separou para você os cinco piores seriados de super-heróis que já passaram pela TV aberta no Brasil, e que hoje poucas pessoas lembram. Será que você reconhece? 
 
1 - "V.R Troopers", exibido pela Globo em 1995
 
 
No mundo do entretenimento, uma máxima sempre funciona: se uma fórmula faz sucesso, use-a até esgotar. Foi pensando nisso que a Saban Enterteinement (hoje Saban Brands, produtora dos famosos "Power Rangers") fez em 1994.
 
Aproveitando a mania maluca que os Rangers coloridos viraram nos EUA, a empresa decidiu adaptar seriados japoneses de metal heroes - que aqui no Brasil tem como principal representante o seriado "Jaspion" - para ganhar uns trocados além da montanha de dinheiro que os heróis coloridos lhe deram.
 
A escolhida foi "Metalder", que também passou no nosso país pela Band. Dessa adaptação, surgiu "Cybertron", programa protagonizado por Jason David Frank, o lendário Tommy dos "Power Rangers". 
 
No entanto, o piloto foi rejeitado. Mas a Saban não desistiu e continuou a produção de um programa do gênero. Ele somou o seriado "Spielvan" - que também passou na Manchete, mas com o nome de "Jaspion 2" (!!) -, colocou no enrendo à moda da época, que era a tal "realidade virtual", e fez "V.R Troopers", uma das coisas mais vergonhosas da televisão americana.
 
O seriado tinha erros de edições grotescos, roupas recicladas de "Power Rangers" e roteiro confuso. Durou duas temporadas, e para isso, outra série do gênero foi adaptada - "Shaider", que também foi exibida no Brasil pela Globo, em 1990 -. No entanto, seu fracasso a fez terminar sem final.
 
O programa chegou aqui em 1995, dentro da "TV Colosso". Ignorado, sua segunda temporada foi parar nas madrugadas do canal, tapando buraco na programação. 
 
Relembre a abertura: 
 
 
2 - "Os Jovens Guerreiros Tatuados de Beverly Hills", exibido no SBT a partir de 1996
 
 
Sabe da máxima que falamos no início de "V.R Troopers"? Pois é, temos outra, e essa é bem mais famosa: tudo que faz sucesso é copiado. No Natal de 1993, os "Power Rangers" foram uma mania nos EUA. Pais brigavam fisicamente por um boneco dos heróis coloridos e os episódios atingiam até mais audiência que o programa de Oprah Winfrey em várias partes do país.
 
Lógico, a concorrência ficou de olho nesse filão e decidiu copiar. A DIC Entertainement, empresa que pertence à Disney, resolveu produzir duas séries do gênero, e para isso, chamou até um dos criadores da série original: Shuki Levy, que cuidou pessoalmente dos programas. A primeira é "Os Jovens Guerreiros Tatuados de Beverly Hills", que teve 40 episódios produzidos entre 1994 e 1995. Aqui no Brasil, a série fez relativo sucesso no SBT, sendo exibida regularmente entre 1996 e 1998. 
 
Nos Estados Unidos, foi um fracasso total. Seu roteiro e atuações canastras acima da média - não que "Power Rangers" fosse um primor de roteiro e atuação - foram vitais para o insucesso. No entanto, o programa tinha algo até legal: a abertura viciante. 
 
Relembre: 
 
 
3 - "Superhuman Samurai", exibido pela Manchete e CNT no Brasil 
 
 
A outra série da DIC Entertainement que foi produzida no rastro de "Power Rangers" foi ainda mais obscura. "Superhuman Samurai Syban-Squad" - ou "Superhuman Samurai" - é uma adaptação do seriado japonês "Gridman", e tem um clima bem parecido com "V.R Troopers", envolvendo computadores e uma suposta guerra de vírus - a tal realidade virtual, muito em voga em 1994.
 
Só que "Superhuman Samurai" era extremamente tosca. Efeitos toscos, edição tosca, protagonista estranho e história mais confusa ainda - no final da série, até repetição de monstros teve, já que o número de episódios produzidos nos Estados Unidos superou os do original "Gridman". 
 
Não deu outra: foi um fracasso nos Estados Unidos e também sequer teve final produzido. Em 1997, a Sato Company trouxe o programa para o Brasil - na verdade, a distribuidora queria o seriado original, mas teve que engolir a versão americana a contra-gosto -, e conseguiu colocá-lo na programação da Manchete, junto com "National Kid" e "Ultraman".
 
Enquanto os outros dois fizeram relativo sucesso, o americano ficou ignorado. As séries, após a falência da Manchete, foram para a CNT, e exibidas no mesmo bloco novamente. Agora, ela está por aí, escondida em alguma prateleira. 
 
Relembre a abertura: 
 
 
4 - "Patrine", exibido pela Manchete em 1992 
 
 
Claro que não iriamos deixar heróis japoneses de fora - porque se os americanos fazem porcaria com adaptações de lá, certamente alguns produtos vindos da terra do sol nascente não ajudam muito.
 
Em 1990, o pai dos heróis japoneses, Shotaro Ishinomori (criador dos metal heroes como "Jaspion" e dos esquadrões super-sentais, como "Changeman", "Flashman" e que serviriam de matéria-prima para "Power Rangers") decidiu criar uma nova heroína. Deste esforço, saiu o seriado "Patrine", certamente a série mais trash já produzida no Japão.
 
"Patrine" conta a história da "luta" incessante de uma super-heroína por Justiça. O problema eram os vilões do programa: O velho do saco; o homem que joga papel de bala no chão e o vilão com uma arma tecnológica revolucionária chamada ventilador eram alguns dos "monstros" que Patrine tinha que encarar. 
 
Mas nada supera o episódio em que o vilão tem um trauma de infância: sua mãe fazia sopa com seus cadernos de escola e temperava com seus lápis a boia do dia. Depois de adulto, o traumatizado vilão tem a brilhante ideia de roubar deveres de casa das crianças para fazer. Que ameaça terrível, não?
 
O final da série é uma das coisas mais trash já produzidas pela TV em todo o mundo, e está disponível na internet para quem quiser assisti-lo. "Patrine" foi exibida no Brasil em 1992 pela Manchete e foi vendida como "a nova rainha dos baixinhos".
 
No Japão, o programa foi um estouro e revitalizou o gênero chamado "magical girls". Parte do sucesso, segundo explicações da época, se deve a heroína, que enquanto lutava, mostrava o seu bumbum (!!!), chamando a atenção do público masculino. 
 
 
 
5 - "Machineman", exibido pela Band e Record a partir de 1990 
 
 
Acima, dissemos que "Patrine" é a série mais trash já produzida no Japão. Porém, o seu concorrente nesta disputa é de "alto" nível: o herói oitentista "Machineman", também criado por Shotaro Ishinomori para crianças mais novas, em 1984.
 
"Machineman" conta a história de um extra-terrestre que vem ao Brasil estudar nossa raça, juntamente com uma bolinha chamada Ball-Boy. Aqui, ele percebe que a Organização Criminosa Tentáculo, que tem como líder o Professor K, que quer a todo custo acabar com as crianças e dominar o mundo. 
 
Os planos do Professor K são tão assustadores quanto uma formiga. Dentre eles estão: distribuir línguas de sogra explosivas com farinha de trigo dentro, boicotar as aulas de educação física de estudantes e, pasme, fazer batatas ficarem resfriadas para que a população ficasse doente. O herói também não ajudava muito, já que sua capa era um toalha-box de banheiro que foi aproveitado pela produção para montar a roupa. 
 
No Japão, "Machineman" foi um sucesso e fez Shotaro continuar a criação de séries mais infantis para o público. A sucessora foi "Bicrossers", que aqui no Brasil foi exibida pela Globo no fim da década de 90.
 
Já "Machineman" estreou no Brasil pela Band em 1990 e depois teve uma passagem até longa pela Record, onde chegou a ser exibida em horário nobre como tapa-buraco em 1993. 
 
Relembre a abertura:
 
 
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