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Casagrande diz: "como não morri, o infarto só me trouxe coisas boas"


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Divulgação

O ex-jogador e comentarista Walter Casagrande Jr. falou pela primeira vez do infarto que teve na semana passada, que chegou a levá-lo para a UTI de um hospital em São Paulo.

Em entrevista para o jornal Folha de S.Paulo, Casagrande disse que estava bem e até fez piada com o que aconteceu, dizendo que o infrato só lhe trouxe coisas boas: "Depois de 38 anos de abusos, acho que já havia passado da hora de mudar meu estilo de vida. Agora vai ter mais cinema, teatro e boliche. Não vou renegar shows de rock, mas irei com menos frequência. Encaro o infarto como o último degrau das consequências do meu estilo de vida anterior. Tenho um coração sofrido, que batia forte quando eu cheirava, depois desacelerava bruscamente. O que me fez suportar tudo isso é o fato de ter sido atleta. Como não morri, o infarto só me trouxe coisas boas. Parei de fumar, só como coisas saudáveis, e estou prestes a namorar uma menina que conheci".

Casagrande também contou detalhes de como foi atendido e o que sentiu na hora do infarto: "Comecei a sentir dores no braço, no peito, nas costas e no pescoço. Pensei que algum nervo estivesse pinçando, inflamado, e queria fazer shiatsu. Como o desconforto aumentava, o Leonardo (filho de Casagrande) me levou ao hospital. Foi fundamental porque a rapidez no socorro impede a necrose do coração. Não senti medo de morrer. Pelos sintomas, dava para perceber que não havia esse risco. Já passei por situações piores, quando tive as overdoses. Fiquei tranquilo e consciente, acompanhando os procedimentos dos médicos pelo monitor de vídeo".

Walter Casagrande Jr. é considerado um dos mais importantes atacantes do futebol brasileiro na década de 80 e 90. Foi revelado pelo Corinthians em 1980, e em 1982 participou do famoso time da Democracia Corintiana. Os jogadores se mobilizavam em contrariedade às concentrações antes dos jogos, bem como apoiavam o movimento das Diretas Já. Durante esta época, Casagrande viveu a melhor fase de sua carreira, jogando ao lado de craques como Wladimir, Zenon, Biro-Biro e Sócrates.

Jogou a Copa do Mundo de 1986 pela Seleção Brasileira, ficando no banco de um time que tinha Careca e Muller como titulares. Entre 1987 e 1993, jogou no futebol italiano, fazendo muito sucesso no Ascoli e principalmente no Torino, onde foi campeão da Copa da Itália, fazendo dois gols na final. Encerrou a carreira sendo um dos maiores artilheiros do Corinthians, com 256 e 103 gols anotados.

Desde 1996, é comentarista esportivo. Começou a carreira na ESPN Brasil, mas em 1997 foi contratado pela Globo. Na noite do dia 28 de setembro de 2007, o ex-jogador sofreu um grave acidente de carro e ficou internado no Hospital Albert Einstein. Casagrande chegou a ficar em coma por 24 horas, mas recuperou-se rapidamente, recebeu alta e, alguns dias depois, foi internado em uma clínica para dependentes de drogas, por conta da sua dependência em heroína, cocaína e chá de cogumelo.

Segundo informações da revista Placar, Casagrande só poderia deixar o local quando recebesse alta dos médicos, e não por vontade própria. Ele ficou isolado, tendo apenas contato com os médicos e podendo conversar com a família nos dias de visita.

Retornou à televisão participando do programa "Arena SporTV", no dia 20 de abril de 2009, quase dois anos após o incidente. Voltou para a Globo em 22 de junho de 2009 no "Globo Esporte", mas o seu retorno as transmissões de partidas de futebol aconteceu em 29 de julho de 2009, de onde nunca mais saiu.
 

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