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Marília Gabriela fala sobre saída do SBT: "estou tentando ficar mais feliz"


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Fotos: Divulgação/SBT

Marília Gabriela anunciou na manhã desta terça-feira (20), em coletiva misteriosa convocada pelo SBT, que está deixando a emissora após seis anos de parceria, assim como a TV aberta em geral.

Mais melancólica do que o normal, ela conversou com os jornalistas e explicou os motivos da decisão. O NaTelinha esteve presente e também conversou com a apresentadora.

Confira:

Como a emissora recebeu a notícia do seu afastamento?

Marília Gabriela -
Eles levaram um susto, não nego. Foi uma decisão unilateral minha e, é claro, todos foram pegos de surpresa. Mas foi uma decisão longamente pensada, difícil, dolorosa e necessária. Estou colocando um ponto final, estou terminando um capítulo da minha carreira, que considero privilegiada. Encerro aqui o “De Frente Com Gabi”.  

O SBT é fantástico em tudo, eu gosto demais dessa casa. Os contratos são liberais e tudo se resolve da melhor forma possível para os dois lados. Estou saindo pela porta da frente e nada me impede de um dia voltar. O Silvio Santos é único, sempre que alguém diz que pretende sair da emissora, ele deseja tudo de bom e diz que “qualquer coisa” é só voltar...rs. Eu já casei e descasei com o SBT 3 vezes, quem sabe um dia voltarei, mas hoje tenho outras prioridades.


Foi uma resolução repentina?

Marília Gabriela -
Não, pelo contrário. Desde o começo do ano passado que venho amadurecendo essa ideia, e agora é definitiva. Eu resolvi parar com a TV aberta. Conversei muito com meus filhos, porque eles participam de tudo na minha vida, e está mais claro do que nunca que estou entrando em uma nova fase, com outras necessidades. Estou precisando de algumas respostas muito íntimas. Estou precisando desenvolver a minha criatividade. Não é justo eu ficar com essa inquietação dentro de mim, algo precisava ser feito, estou decidida a encarar novos desafios, quero partir para novas experiências.

E quanto ao programa, na verdade, eu estava me sentindo repetitiva... o que não é justo comigo e nem com o público. Tenho outros interesses aos quais quero me dedicar esse ano.


Existem algumas especulações sobre a sua volta para a Globo. Procede?

Marília Gabriela -
Isso não é verdade.


Você poderia nos contar o que pretende?

Marília Gabriela -
Claro que sim. Continuo no GNT. Estou com eles desde 1996, e por lá tenho mais flexibilidade de horários, além disso assumi para 2015 alguns compromissos com o canal que me interessam particularmente, entre eles uma minissérie produzida pelo Bruno Barreto, baseado no meu livro “Eu que amo tanto”.

Também estou trabalhando em dois livros. Um deles já está a todo vapor, é uma espécie de continuação do “Eu que amo tanto”,  mas o outro vai exigir muito mais de mim, e para elaborar pretendo me afastar de tudo, viajar, refletir, consultar mestres, usar recursos particulares com reflexões mais amplas, será um tremendo desafio, será um misto de solidão com raciocínio. Ele ficará para frente.

Hoje a minha prioridade mesmo é o teatro. No final de fevereiro entrarei em cartaz com uma comédia maravilhosa, chamada ”Vanya e Sonia e Masha e Spike”, estamos nos últimos ensaios, e tenho certeza do seu sucesso.

Você está apreensiva com essas mudanças?

Marília Gabriela -
Eu estou sentindo necessidade de algumas respostas, estou em busca de conhecimentos, existem algumas indagações sobre a vida que estão me incomodando, inquietações particulares e pessoais, do tipo “quem sou, de onde vim, para onde vou”. Por isso, vou iniciar um estudo com o grande filósofo Luiz Felipe Pondé. Tive um 2014 ruim, perdi amigos muito queridos, e me pergunto: “quanto tempo ainda terei?”.

Este é exatamente o motivo pelo qual pretendo voltar a fazer aulas de canto. Cantar alegra a casa, alegra o corpo, alegra a alma. Eu preciso disso. Tenho até um projeto para gravar um CD este ano, já reformei o meu piano e tudo.


Você é uma mulher feliz?

Marília Gabriela -
Eu sou profundamente implicada com o conceito de felicidade. Posso dizer que estou contente porque houve muita compreensão de todos com quem conversei. As pessoas envolvidas estão conseguindo entender o momento difícil e de transição que estou passando.

Vamos dizer que este ano estou tentando ficar mais feliz.

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