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Após 45 anos, TV Cultura ganha afiliada no Acre e busca mais emissoras


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Divulgação

Com 45 anos de história e considerada a segunda melhor TV pública do mundo, a Cultura nunca tinha tido o seu sinal transmitido no estado do Acre, fora de antenas parabólicas e operadoras de TVs por assinatura.

Porém, isso acaba de mudar. A emissora pública de São Paulo, a partir de agora, tem uma retransmissora no estado do norte do país. Trata-se da TV Aldeia, que sempre foi afiliada da TVE nos anos 80, 90 e 2000, e da TV Brasil a partir de 2008, só transmitindo programas isolados da Cultura, como "Castelo Rá-Tim-Bum".

O acordo foi fechado entre Aldeia e Cultura na semana passada e o contrato foi assinado na última sexta (19). Outra novidade é que, com a afiliação, o projeto de digitalização e restauração do acervo audiovisual da TV Aldeia terá incentivo financeiro da Fundação Padre Anchieta, controladora da Cultura, e, finalmente, poderá ser efetivado.

O projeto que envolveu o acordo entre as empresas faz parte do plano de expansão da Cultura, que quer se tornar a quinta maior rede em número de afiliadas o quanto antes, ultrapassando a RedeTV!.

Realizado na sede do governo estadual do Acre, o evento de solenidade teve a presença do governador do estado, Tião Viana, da presidente da Fundação Aldeia de Comunicação, Andrea Zílio, do diretor da TV Aldeia, Alexandre Nunes, e do coordenador de rede da TV Cultura, Fábio Borba.

Projeto ambicioso

Para tirar afiliadas da TV Brasil, segundo informações obtidas com exclusividade pelo NaTelinha, a Cultura tem prometido incentivos financeiros para modernização dos canais. Além disso, o principal argumento é que a emissora de São Paulo é mais atrativa em termos de números do que o canal do governo.

Enquanto a Cultura marca média de 1,1 ponto na Grande São Paulo, sendo quinta colocada na média-dia, vencendo a RedeTV!, a TV Brasil dá traço de Ibope em todo o Brasil, principalmente nos principais mercados do país, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Além disso, a Cultura argumenta que a sua programação é mais barata, "menos cult" e mais atrativa para o público, tanto que os números demonstram isso, fora a qualidade inquestionável de sua programação infantil, que tem uma quantidade de desenhos educativos bem maior que a TV Brasil.

Várias emissoras públicas estão insatisfeitas com a TV Brasil, que custa cerca de 500 milhões de reais anuais para o Governo Federal, e tem pouco resultado em números. Estes canais reclamam também que não recebem incentivos do Governo para a modernização das fundações públicas que comandam os grupos públicos.

Não são poucas as TVs públicas que usam equipamentos obsoletos e totalmente fora da realidade atual de tecnologia da comunicação brasileira.

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