Justiça de SP mantém condenação a Boris Casoy e Band a gari ofendido em 2009
Valor da indenização manteve-se em R$ 21 mil a ser pago pelos réus.
Publicado em 08/02/2013 às 18:04,
atualizado em 25/10/2021 às 21:32
A Justiça de São Paulo manteve nesta sexta-feira (8) em R$ 21 mil a indenização que a Band e o jornalista Boris Casoy terão que pagar ao gari Francisco Gabriel de Lima. Ele se sentiu ofendido com as declarações de Boris durante o "Jornal da Noite" do dia 31 de dezembro de 2009.
Na ocasião, após a exibição de uma mensagem com dois garis, uma falha técnica vazou o áudio do âncora, que disse: "Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho".
O valor da indenização foi decidido em novembro de 2012, mas a Band e o jornalista entraram com recurso.
Boris Casoy e Band são condenados a indenizar gari ofendido em 2009
Boris Casoy espirra durante o "Jornal da Noite" e brinca com a situação
Bóris Casoy não terá que pagar indenização a gari por declaração polêmica
O desembargador Salles Rossi afirmou em seu voto que "as falas do apresentador apelante tiveram grande repercussão na mídia em geral, seja no dia em que foram veiculadas, seja após, causando evidente dano ao autor.
Sobre a indenização, Salles disse "diante do ora exposto, o valor fixado na sentença (R$ 21.000,00, a ser pago de forma solidária pelos apelantes) não se afigura exagerado, tampouco apto a ensejar o enriquecimento sem causa do apelado. Ao contrário, mostra-se razoável, diante da gravidade do episódio e de sua repercussão.
Procurada pela reportagem do NaTelinha, a Band informou que não vai comentar o assunto.
Assista ao vídeo:
Repercussão:
A frase dita por Boris Casoy causou grande repercussão e se tornou polêmica. No dia seguinte, o jornalista se retratou no mesmo telejornal e classificou a frase como "infeliz".
Francisco Lima entrou com processo na Justiça, pois se sentiu humilhado com os comentários, que foram classificados por ele como "preconceituosos".
O gari disse ainda que não notou o arrependimento na retratação “burocrática e pouco conveniente” de Boris Casoy e que tais desculpas não foram suficientes para "estancar a ferida lesada".
