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Maria Adelaide Amaral fala sobre Queridos Amigos no Marília Gabriela Entrevista


A escritora Maria Adelaide Amaral, que acabou de emplacar mais um sucesso na TV Globo – a minissérie “Queridos Amigos” – é a convidada do “Marília Gabriela Entrevista” deste domingo, dia 30. Logo de cara, ela fala sobre o sucesso da adaptação de seu livro “Aos Meus Amigos” para a televisão. “Estou muito feliz e não poderia ser melhor. Os atores são muito adequados, o Matheus Nachtergaele está dando um baile como Tito, o Dan Stulbach está maravilhoso, enfim, todos estão ótimos. Estou feliz com pessoas me parando na rua e dizendo que a minissérie tem tudo a ver com eles”, ela conta. E salienta o motivo pelo qual escreveu o livro: “Escrevi para a minha geração, para os meus amigos e queria mostrar o que foi e como o período da ditadura marcou suas vítimas”.

 

Maria Adelaide conta para quem escreve suas histórias: “Antes de mais nada, eu escrevo para mim. Escrevo para liberar meus fantasmas e todo mundo sabe que eu escrevi esse livro quando Décio Vaz se matou. Quando escrevo sobre aquilo que eu vivi, realmente é um trabalho de exorcismo e, para mim, é a melhor maneira de resolver casos mal resolvidos”.

 

A autora fala também sobre o sofrimento dos autores, nos famosos momentos de bloqueio diante do papel em branco. “Eu tive isso no último capítulo de ‘Queridos Amigos’, achava que ele deveria desembocar no livro, só que a minissérie já não era mais o livro e eu não conseguia sair do lugar. Foi uma falta de inspiração apavorante, eu me sentia paralisada. E fiquei com uma infinita pena dos autores de novela que precisam entregar um capítulo por dia”.

 

A consagrada escritora também fala sobre a acertada parceria com a diretora Denise Saraceni: “A gente trabalhou juntas no remake da novela “Anjo Mau” e se juntou novamente em 1999, na minissérie “A Muralha”. É um casamento total, é uma compreensão exata, mas não quero que outros diretores me interpretem mal. É só uma questão de afinidade mesmo, concordamos em tudo”. Sobre escrever para novelas é enfática: “Inevitavelmente eu vou ter que fazer um dia, não vai ter jeito. Eu nunca vou propor, se eu puder evitar, melhor”. E sai pela tangente quando o assunto é escrever para cinema. “O cinema é a arte do diretor, eu até faço o pré-roteiro, mas é um pé no saco escrever para cinema porque um roteiro tem cinqüenta mil tratamentos e eu sou muito rápida e acelerada, não tenho paciência”.

 

Religião também está na pauta da entrevista. “Sou uma católica muito do meu jeito. Não acredito em céu e inferno, acredito em dimensões, acho que uns vão para uma dimensão e outros vão para outra dimensão. Eu não tenho certeza de nada, é só um sentimento mesmo”, afirma. A convidada também fala sobre maternidade. “Eu tive depressão pós-parto com o nascimento dos meus dois filhos. Foi horrível, mas passou. Eu acho que fui e sou uma boa mãe. Eu fui muito disciplinadora, gosto de bons modos e boas maneiras e isso eu dei para eles. Também fui super protetora, gosto de abraçar e beijar e vejo que eles educam seus filhos do mesmo modo”, conta.

 

Maria Adelaide é direta quando questionada sobre o que não gosta: “Político, de um modo geral. Não gosto de populismo, da arrogância dos nossos ricos. É muito pouca a elite brasileira que pensa em projetos sociais e isso é lamentável em um país de pobres. Educação, por exemplo, é um problema de todos”. E descreve o seu ideal de felicidade. “É passear no centro da cidade de São Paulo, por exemplo. Felicidade é esse agregar de todos os momentos”, define.

 

Marília Gabriela Entrevista
GNT - Canal Globosat
No ar todo domingo, às 22h

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