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Exclusivo: NaTelinha entrevista a atriz Juliana Silveira


“Achei que na Record eu teria mais oportunidades de crescer profissionalmente neste momento”.

Ela surgiu na TV como assistente de palco da apresentadora Angélica, entretanto, apesar dos anos de trabalho ao lado da loura, foi em sua carreira solo que conquistou o estrelato.

Juliana Silveira já acumula duas protagonistas em sua carreira, e, nas duas ocasiões obteve um tremendo sucesso. Com a Julia de Malhação e com Floribella, onde conquistou o carinho do público infantil, Juliana despontou como uma das maiores revelações da nova geração de atrizes do país.

Nesta entrevista exclusiva concedida ao jornalista Endrigo Annyston (www.cenaaberta.blogger.com.br) ao NaTelinha, Juliana Silveira fala de sua atual personagem, a Nina de Luz do Sol, revelando inclusive algumas novidades do final da trama, faz um balanço de sua carreira e fala sobre projetos futuros. Confira:

 O que seu trabalho ao lado de Angélica representa em sua carreira?

Juliana Silveira:
Acredito que ter trabalhado com a Angélica me fez conhecer o que realmente é trabalhar em televisão, não só estando na frente das câmeras, mas me deu a oportunidade de experimentar o grande e fundamental trabalho que é feito atrás delas. Fiz shows pelo Brasil inteiro, fiz produção na linha de show, o que me trouxe um amadurecimento profissional, e foi trabalhando com a Angélica que pude descobrir, sem pressa, que o meu caminho profissional estaria ligado a esse veículo de comunicação. 
 
 Sofreu algum preconceito por ter sido uma Angeliquete ou acha que foi uma porta de entrada para sua carreira de atriz?

JS: Descobri que queria ser atriz fazendo a Oficina de Atores da Rede Globo, em 1997. Consegui a oportunidade de fazer o teste, porque trabalhava com a Angélica, essa é a verdade. Agora, preconceito, nunca senti, pelo menos nada escancarado. Mas teve uma época, na Rede Globo, que alguns diretores achavam ridículo algumas atrizes terem começado assim, e foram muitas: Camila Pitanga, Giovanna Antonelli, Deborah Secco. Quando ouço algum comentário maldoso ou alguém vem me contar alguma "fofoca" relacionada a isso, não levo para o pessoal. A minha adolescência e o que eu fiz profissionalmente nessa época não tem nada a ver com o que faço hoje. E foi um período divertido e uma adolescência bem diferente dos meus amigos, por exemplo. Esse período me deixou como herança amigos verdadeiros e incríveis.

 Você e Angélica mantêm contato?

JS: Angélica é uma das minhas melhores amigas. Já nos conhecemos há 14 anos e, além dela, tenho um carinho muito grande pela família toda. Minha melhor amiga é a Márcia, que é irmã dela, e é minha empresária também. Eles todos sempre participaram muito da minha vida e sempre me apoiaram. É como se fosse a minha segunda família, a família que me acolheu e que me dá suporte aqui no Rio.
 
 Anos após deixar o programa, sua carreira despontou com a Julia, de Malhação. Como você viu essa guinada, sendo que anteriormente fazia papéis pequenos nos folhetins?

JS: Foi uma surpresa, um presente que eu ganhei do Ricardo Waddington [diretor de Malhação]. Já tinha feito vários testes com ele na Globo, tinha feito Laços de Família e tinha acabado de "fugir" dos testes de Presença de Anita. Estava com síndrome do pânico e não consegui segurar a onda. Depois de um ano, o Ricardo me liga e me convida para protagonizar uma fase de Malhação e agarrei a oportunidade. Não foi fácil no começo, dei muita cabeçada, mas tive o suporte do Edson Spinello, que hoje em dia está lá na Record. Ele me forçava a estar sempre no meu limite e, assim, fui melhorando e aprendendo muito. Aliás, um dia ainda preciso agradecer ao Spinello as noites que passei chorando: pura imaturidade. Hoje sei o quanto ele foi importante no meu caminho. 
 
 Depois da Julia, sua carreira seguiu em ascensão, pois surgiu a Floribella, outro marco em sua trajetória. O que essa personagem representa em sua vida?

JS: Floribella foi um sonho, literalmente. Nem sei verbalizar as emoções e as alegrias que eu vivenciei fazendo esse papel. Foi o meu melhor e mais difícil papel. Tinha dias em que eu acordava e achava que não ia dar conta: “Caramba, mas eu nunca cantei, eu nunca fiz teatro para dez mil pessoas”. E as coisas iam acontecendo e você tinha que ir fazendo, eles não te dão nem tempo pra realizar, o que hoje sei que não deixa de ser um bom método. Você não tem chance de ficar com medo, de amarelar, você simplesmente faz. Foi só depois de Floribella que eu consegui me assumir como atriz. E foi com esse trabalho que eu descobri as crianças e o quanto é especial trabalhar para esse público. 
 
 Como foi, para você, reviver nos palcos os momentos que passou como angeliquete, mas, agora, como a protagonista da história? Era o seu nome que o público gritava.

JS: Uma emoção indescritível. Nas primeiras cenas eu sempre ficava rouca, minha voz sumia de emoção, depois eu relaxava e tudo corria bem.
Vou guardar pra sempre cada sorriso, cada grito e cada beijo e abraço que eu recebi. Foi uma história realmente especial.
 
 Você tinha expectativas de que fossem feitas novas temporadas da novela, ou achou que terminou no momento ideal?

JS:
Eu já sabia que não teríamos o terceiro ano. Floribella é um projeto que veio pronto da Argentina e deveria seguir os mesmos moldes do original. Foi feito pela mesma produtora, enfim, não rolou essa expectativa e já me preparei psicologicamente. Sabia que era um projeto muito sedutor, mas com começo, meio e fim. E assim foi feito. 
 
 Depois da Flor surgiram rumores de que você queria comandar um programa infantil. Isso procede, você tem algum projeto em mente?

JS:
Nunca disse que queria comandar uma atração infantil. Naquela época eu queria ter dado continuidade ao trabalho com o público infantil, mas com um projeto de dramaturgia, que chegou a ser escrito pelas autoras Patrícia Moretzhon e Jaqueline Vargas, e ele seria feito na Band. Acabou que não rolou por vários motivos que não vem ao caso, e elas foram para a Globo fazer Malhação, eu fui para Record dar continuidade ao meu trabalho de atriz. Mas nunca se sabe o dia de amanhã. Não faço planos e vou aproveitando as oportunidades que aparecem e que acho que vou desempenhar bem naquele momento. 
 
 Há alguns anos se discute o fim das apresentadoras infantis. Você acha que é um mercado que ainda dá para ser explorado?

JS:
Eu nasci em 1980, peguei o boom das apresentadoras infantis. Trabalhei com crianças apenas durante dois anos, mas durante esse tempo deu pra sacar o que elas estão a fim de assistir. Não acho que a criança vá se interessar por alguém segurando um microfone. Elas estão muito espertas, conectadas com esse mundo da internet, dos vídeo-games, mas uma coisa que ainda prende a atenção é uma boa história, um bom personagem, uma boa música. O lado lúdico que o universo infantil, por mais "speed" que esteja, nunca vai perder, porque é a essência da infância. Por isso os desenhos animados, High School Musical, Floribella e afins foram sucesso: boa história, personagens lúdicos, música, romance. Também não sou uma expert no assunto, só posso falar sobre o que vivenciei e as conclusões que eu tirei dessas experiências. 
 
 E a Nina, porque ela demorou tanto para entrar em cena?

JS:
Já estava na sinopse que o meu personagem entraria lá pelo capítulo 100, 120, e acabei entrando antes até. Mas, detalhes do por que, eu juro, não sei dizer.
 
 A proposta da Record te soou ainda mais interessante pelo fato de Nina cantar, assim como a Flor?

JS:
A proposta da Record me soou mais interessante não por causa disso. Quando eu assinei, eu nem estava escalada para fazer Luz do Sol.
Achei que na Record eu teria mais oportunidades de crescer profissionalmente neste momento. Foi uma decisão bem pensada. Prefiro subir um degrau de cada vez, não tenho pressa. Quero melhorar sempre como atriz, quero conhecer bons profissionais e ter oportunidade de trocar idéias com essas pessoas e cheguei à conclusão de que, no momento, o lugar ideal, que eu encontraria esse espaço e seria aceita, seria na Record. Estou muito feliz. 
 
 Você pretende investir na carreira de cantora ou é apenas uma parte da composição para suas personagens?

JS:
Por enquanto, cantar faz parte apenas da composição das minhas personagens. Estou estudando canto, é bem difícil, mas estou me dedicando. Como já disse, não faço planos e nenhuma possibilidade no futuro está descartada. 
 
 A novela esta chegando ao fim. O que você pode adiantar do final de Nina?

JS:
Nina está grávida, vai ter um menino e termina feliz, casada, família constituída e com carreira consolidada de cantora, representado a máxima de sucesso que uma mulher deseja: carreira encaminhada e família completa e feliz! Faço um show, que não sei ainda como vai ser, cantando uma música composta para o marido, Pedro (Bruno Ferrari). Aliás, trabalhar com o Bruno foi incrível: ator talentoso, maduro, apesar da pouca idade, generoso, querido, foi um presente conhecê-lo. Sou fã do seu trabalho. 
 
 Quais são seus projetos para depois de Luz do Sol?

JS:
Por enquanto, férias. Vou viajar com o Roger [Gobeth, seu namorado], não decidimos pra qual lugar iremos. Em dezembro eu tenho uma  "maratona" de desfiles para a grife Datelli - faço a campanha de verão - e vou continuar estudando canto, fazendo minha fono. Quero morar fora, estudar inglês, mas tudo são planos. Estou a disposição da Record e tudo pode mudar de uma hora para outra.

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