Como papel em Dona de Mim mudou a cabeça de Camila Pitanga para sempre
Camila Pitanga se atentou para doença de Ellen em Dona de Mim
Publicado em 11/10/2025 às 13:09,
atualizado em 11/10/2025 às 13:10
Ao embarcar na preparação para viver Ellen, personagem de Dona de Mim que morreu vítima de câncer de colo de útero, Camila Pitanga, 48 anos, viu sua vida mudar completamente com uma consciência que ela parecia não ter, abrindo uma espécie de caixa de pandora.
Segundo a atriz, o papel foi um desafio profundo, tanto profissional quanto pessoal. "Queria sentir, de verdade, o que é passar por isso", disse a atriz em entrevista à Veja sobre o processo de compreensão da doença e da experiência das mulheres que a enfrentam.
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Camila detalhou que o papel a fez repensar muitos aspectos da relação com a saúde e o corpo. "Ellen me fez repensar muita coisa. Ver todas aquelas mulheres me colocou contra o espelho. A forma como a gente adia o cuidado com nossa saúde, ignora sinais, é como se o tempo fosse sempre nosso. Ela me ensinou que o cuidado com o meu corpo deve começar no agora."
O envolvimento profundo a levou a visitar o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e conversar com mulheres que vivem com a doença para captar nuances reais da experiência.
O papel da atriz em Dona de Mim, mesmo sendo uma rápida participação especial, exigiu uma preparação intensa para retratar com fidelidade a trajetória de Ellen, uma mulher que luta contra uma doença grave. Na história, ela deixa a filha, ainda bebê, nas mãos de um ex-patrão, Abel (Tony Ramos), implorando para que ele a crie como pai para que o verdadeiro nunca encontre a criança.
O câncer de colo de útero é uma doença que acomete a região inferior do útero e, no Brasil, é uma das principais causas de morte por câncer entre mulheres. Estima-se que cerca de 19 mulheres morrem por dia no país devido a essa enfermidade.
A doença costuma se desenvolver lentamente, o que permite a detecção por meio de exames preventivos regulares, como o Papanicolau. A vacinação contra o HPV, principal causador do câncer cervicouterino, está disponível em programas públicos de saúde, contribuindo para diminuir a incidência da doença.
Este tipo de câncer pode manifestar sintomas como sangramentos irregulares, dores pélvicas e corrimentos anormais, mas muitas vezes esses sinais só aparecem em estágios avançados, o que dificulta o tratamento e reduz as chances de cura. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as possibilidades de sucesso no combate à doença.
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